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Assange diz que vai sair de embaixada

Fundador do WikiLeaks se refugiou na representação do Equador em Londres para evitar extradição para a Suécia

Australiano não diz quando deixará seu abrigo e nega que decisão seja por motivos de saúde

LEANDRO COLON DE LONDRES

O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, 43, anunciou que vai deixar a embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou há dois anos e dois meses para escapar de uma extradição para a Suécia.

Em entrevista coletiva na embaixada nesta segunda-feira (18), Assange afirmou que pretende sair em "breve" do local, mas não informou quando nem deu detalhes sobre os motivos para tanto.

Ele negou que seja por problemas de saúde, ao contrário do que foi especulado nos últimos dias pela imprensa do Reino Unido, especialmente os veículos de propriedade do magnata conservador Rupert Murdoch.

"Eu posso confirmar que estou deixando a embaixada em breve, mas não pelas razões da imprensa de Murdoch", disse Assange.

Citando fontes do WikiLeaks, o jornal "The Times" diz que Assange está com problemas no coração.

O criador do WikiLeaks está refugiado na embaixada do Equador desde junho de 2012 para evitar a execução, pelo Reino Unido, de uma ordem de prisão da Justiça da Suécia. Ele é acusado por duas mulheres de abuso sexual.

Assange alega que, se for preso em Londres e enviado à Suécia, poderá depois ser entregue aos EUA por ter revelado segredos da diplomacia e das Forças Armadas americanas em 2010.

O Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido manifestou-se ontem (18) afirmando que é preciso respeitar as leis, que preveem extradição.

Informou que, por enquanto, não há mudança de posição do governo sobre o caso.

Assange criticou a vigilância da polícia na embaixada em Londres, considerando que os direitos humanos têm sido desrespeitados em relação à sua situação.

O anúncio foi feito ao lado do ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, que destacou, também sem detalhes, o início de uma campanha internacional para a libertação de Assange. Patiño disse que busca uma solução negociada entre os governos do Reino Unido e da Suécia.


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