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China põe celebridades na mira de campanha contra as drogas

Filho de Jackie Chan foi preso em operação policial em Pequim

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Parecia uma noite de verão como qualquer outra em Pequim, quando clientes de um bar foram surpreendidos por uma batida policial.

Com as saídas bloqueadas, todos os presentes foram forçados a fornecer urina para constatar se havia usuários de drogas. Nove dos testados deram positivo e foram presos, cinco deles estrangeiros.

A operação policial, ocorrida há poucos dias, é uma nova ação da chamativa campanha antidrogas das autoridades chinesas, que parecem ter como alvo preferencial estrangeiros e celebridades.

Na noite de segunda (18), a polícia prendeu o ator Jaycee Chan, 32, por porte de maconha. Filho do astro Jackie Chan, ele é mais um da série de pessoas do meio artístico presas nas últimas semanas pelo mesmo delito.

O que surpreendeu quem estava no bar 2 Kolegas, muito popular entre estrangeiros em Pequim, é que as prisões não se limitaram aos que consumiam ou portavam drogas no momento da batida.

"Essas pessoas não foram flagradas comprando ou vendendo drogas", contou o correspondente da TV australiana ABC em Pequim, Stephen McDonell, que estava no local e também foi forçado a fazer o teste de urina.

"Elas foram julgadas por ter consumido maconha em algum momento no passado".

Segundo McDonell, os estrangeiros não tiveram direito a advogado nem a um telefonema. Batidas semelhantes se repetiram nos últimos meses em outros bares.

Ao mesmo tempo, as autoridades apertaram o cerco aos famosos. Antes de Jaycee Chan, o porte de drogas levou a prisões de um cantor, dois cineastas e três atores.

A caça às celebridades está sendo vista no meio artístico como um recado à indústria do entretenimento chinesa, em forma de intimidação. No último ano e meio, desde a chegada ao poder do presidente Xi Jinping, as autoridades intensificaram a censura à produção local.


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