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Kiev acusa Rússia de invasão após ingresso de comboio

Enviados por Moscou, caminhões não foram inspecionados por ucranianos

EUA criticam ação e afirmam que Putin deve ordenar volta do comboio ou 'enfrentará custos adicionais'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais de cem caminhões de um comboio russo atravessaram nesta sexta-feira (22) um posto de fronteira e entraram na Ucrânia sem a autorização do governo.

O diretor dos serviços de segurança da Ucrânia, Valentin Nalivaichenko, acusou a Rússia de "invasão direta" do território, mas disse que não vai usar a força para evitar provocações.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou que a entrada do comboio, supostamente contendo ajuda humanitária russa para regiões separatistas do leste do país, representa uma violação do direito internacional.

Os caminhões eram acompanhados por separatistas.

Paul Ricard, observador da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), disse que apenas 34 dos cerca de 260 caminhões do comboio foram inspecionados, entre quinta (21) e a madrugada desta sexta.

O receio é que estejam trazendo material militar disfarçado de ajuda humanitária.

Os caminhões russos ficaram estacionados na fronteira entre os dois países por mais de uma semana.

"Às vezes parece que não há uma cadeia de comando clara em Kiev, porque algumas garantias são dadas [à Rússia] em um alto nível e então outros não dão as ordens necessárias para os guardas da fronteira liberarem a entrada dos caminhões. Esse jogo não pode continuar indefinidamente", disse nesta sexta o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin.

Os Estados Unidos classificaram a ação como "flagrante violação da soberania da Ucrânia". Em conversa com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente Barack Obama disse que a entrada dos caminhões desencadeia uma perigosa escalada do conflito.

O vice-assessor de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que levaria a questão à reunião desta sexta do Conselho de Segurança da ONU.

Os EUA e a União Europeia (UE) já aplicaram uma série de sanções a russos em resposta a intervenção de Moscou na Ucrânia.

AJUDA

A Otan denunciou que o Exército russo deslocou artilharia para dentro do território ucraniano nos últimos dias, com o objetivo de combater as forças de Kiev.

Moscou afirma que os caminhões são carregados com água, geradores de energia e sacos de dormir, destinados aos civis da cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia.

A região está cercada pelo Exército e há mais de três semanas enfrenta falta de água, luz e sinal de telefone.

O governo russo afirma que a Cruz Vermelha auxilia no gerenciamento da operação. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, no entanto, afirmou nesta sexta que não está acompanhando o comboio, pois não recebeu "garantias de segurança".

Após entrar no país, o comboio saiu da estrada principal para Lugansk e seguiu para o norte em uma estrada de terra perto de Izvaryne.

O objetivo seria evitar áreas controladas pelas tropas do governo. Kiev teme que o comboio sirva de pretexto para uma intervenção direta da Rússia na Ucrânia.


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