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OMS lança plano para vencer o surto de ebola em até 9 meses
Órgão espera controlar o avanço da doença na África ocidental
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (22) que planejou uma estratégia de luta contra o surto de ebola para o oeste da África que deverá durar de seis a nove meses.
A intenção é mapear as condições nos países mais afetados --Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria--, para embasar o trabalho das equipes da OMS e de ONGs que atuam na região.
Com isso, será possível determinar as necessidades de cada país para controlar a doença. O órgão divulgará mais detalhes do plano na semana que vem.
Na Libéria, o dirigente da OMS Keiji Fukuda disse que a maior dificuldade das equipes médicas é a velocidade com que a doença se alastra.
"Nunca vimos um surto de Ebola avançando sobre cidades e zonas rurais de forma tão rápida e cobrindo uma área tão extensa", afirmou.
Segundo o órgão, 2.615 pessoas contraíram o vírus nos quatro países, das quais 1.427 morreram. Este é o maior número de casos da doença desde que o vírus que a provoca foi descoberto, em 1976.
Nesta sexta, as autoridades nigerianas confirmaram mais dois casos de ebola no país.
As duas eram mulheres de médicos que fizeram o tratamento do liberiano Patrick Sawyer, a primeira pessoa a morrer com a doença no país.
Outras 12 pessoas haviam sido infectadas por estar em contato com Sawyer. Delas, cinco morreram.
LIBÉRIA
Na Libéria, país com o maior número de casos de ebola até o momento, houve novo confronto em West Point, na capital Monróvia. Na repressão policial, um adolescente de 16 anos foi morto pelos agentes.
A região, que tem 75 mil habitantes, sofre com a falta de água e de comida devido ao bloqueio e ao toque de recolher imposto pelo governo.
O surto também prejudica a aviação. Segundo a Organização Africana de Aviação, metade dos voos para os países afetados foram cancelados nas últimas semanas.
