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Nova neta é encontrada por avós da Praça de Maio
Argentina de 36 anos era filha de comunistas
As avós da Praça de Maio anunciaram a descoberta de mais uma pessoa que cresceu longe de sua família porque, quando criança foi separada de seus pais por agentes da última ditadura militar do país (entre 1976 e 1983).
Ana Libertad, 36, mora na Europa e era neta da primeira presidente da associação, Alicia Zubasnabar de la Cuadra, que morreu em 2008 aos 92 anos, sem nunca ter encontrado sua descendente.
Os pais da menina, Elena de la Cuadra e Héctor Baratti, eram militantes do Partido Comunista Marxista Leninista, proibido pela ditadura.
Os dois foram capturados em fevereiro de 1977. Baratti foi assassinado e seu corpo foi recuperado.
Elena, no entanto, é uma desaparecida --ou seja, não se sabe o paradeiro que a ditadura deu a ela.
Alicia soube que sua neta nasceu quando Elena estava presa na delegacia de La Plata (a 50 km de Buenos Aires). Porém, nunca conheceu a neta, que foi levada a famílias próximas de militares.
Segundo as avós da Praça de Maio, Ana Libertad enviou sangue voluntariamente em abril para que pudesse ser analisado pela comissão de identificação dos netos de desaparecidos. O resultado foi revelado em 8 de maio.
O de número 114 foi Ignacio Hurban, que é neto de Estela de Carlotto, a principal militante e atual presidente das avós da Praça de Maio.
Hurban, cujo nome pela família de sangue seria Guido Carlotto, pediu para ser conhecido com o nome que recebeu de seus pais adotivos. Essa sua identidade foi vazada à imprensa por uma juíza.
No microblog Twitter, ele pediu para que se tenha "responsabilidade" com as informações sobre a neta recém-descoberta.
