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Ucrânia detém dez soldados russos em região rebelde

Prisão ofusca encontro de Putin com presidente ucraniano em Belarus

Militares atravessaram fronteira por engano, diz Moscou; líder russo afirma que é preciso diálogo com insurgentes

LEANDRO COLON DE LONDRES

O governo ucraniano anunciou nesta terça-feira (26) que capturou dez soldados russos na região de Donetsk, foco do conflito com separatistas no leste do país.

Paraquedistas militares, os russos foram detidos, segundo Kiev, com documentos de identidade e armas perto de Dzerkalne, a 20 km da fronteira e a 50 km do reduto sob controle dos rebeldes pró-Rússia.

Autoridades ucranianas divulgaram um vídeo mostrando suposto interrogatório dos soldados. O episódio foi usado pelo governo para reforçar a acusação de que a Rússia tem apoiado o movimento separatista.

Fontes do ministério russo da Defesa confirmaram a agências de notícias a detenção de seus soldados. Argumentaram, porém, que eles cruzaram a fronteira para o território ucraniano por "acidente".

A versão não foi aceita por Kiev. "Isso não foi um engano, mas uma missão especial que eles estavam realizando", rebateu o porta-voz da Defesa ucraniana, Andriy Lisenko.

A detenção dos militares russos foi divulgada no mesmo dia em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, encontrou-se com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, numa cúpula diplomática em Belarus.

Foi o segundo encontro entre os dois desde que o ucraniano foi eleito, em maio, três meses após a queda do então presidente Viktor Yanukovich, aliado de Moscou.

Eles se cumprimentaram com um aperto de mãos na presença da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e dos presidentes de Belarus e do Cazaquistão.

Ambos divulgaram discurso pela paz na região, mas demonstraram posições opostas. Segundo Putin, a solução não é atacar os rebeldes, mas dialogar com eles no leste. O dirigente russo afirmou ainda que os dois concordaram com a necessidade de retomar as conversas sobre o comércio de gás entre os países, um dos principais focos da crise bilateral.

Já Poroshenko repetiu que os rebeldes precisam recuar e entregar as armas. O ucraniano ainda pediu apoio da comunidade internacional no controle sobre a fronteira com a Rússia.


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