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Ucranianos acusam Rússia de cruzar a fronteira e fazer ataques

Russos teriam iniciado nova frente de combate em Novoazovsk, segundo governo de Kiev

Autoridades ocidentais chamam operação de 'invasão camuflada'; Moscou nega atuação militar no país vizinho

ANDREW E. KRAMER MICHAEL E. GORDON DO "NEW YORK TIMES"

Tanques, infantaria e artilharia russos teriam entrado em uma parte da Ucrânia até então não violada e atacaram forças ucranianas.

A operação foi classificada de "invasão camuflada" por autoridades ocidentais e ucranianas, nesta quarta (27).

Os ataques diante da cidade fronteiriça de Novoazovsk abriram uma terceira frente de guerra no leste da Ucrânia entre forças do governo e os separatistas pró-russos, além dos combates em curso em torno de Donetsk e Lugansk.

Exaustos e deprimidos, os soldados ucranianos que estavam fugindo de Novoazovsk em busca de posições mais seguras disseram que estavam sendo massacrados por forças vindas da Rússia.

Um porta-voz das forças armadas ucranianas disse que o Exército continuava a controlar Novoazovsk, mas que 13 soldados haviam morrido.

O movimento dá força a afirmações da Ucrânia e do Ocidente de que a Rússia, a despeito de seus constantes desmentidos, orquestra uma nova contraofensiva para ajudar os separatistas da República Popular de Donetsk.

Os combatentes estão cercados e sofrem com os avanços de militares ucranianos nas últimas semanas.

O governo americano disse na terça-feira (26) que os russos haviam enviado colunas de tanques e blindados ao lado oposto da fronteira.

Já a chanceler alemã, Angela Merkel, ligou para o presidente russo, Vladimir Putin, para pedir explicações sobre as tropas na Ucrânia.

A Rússia vem apoiando um avanço separatista rumo à cidade de Mariupol, grande porto no Mar de Azov, de acordo com autoridades ucranianas e ocidentais.

O objetivo russo, segundo um funcionário ocidental, é abrir uma nova frente que desvie as forças ucranianas de Donetsk e Lugansk e possivelmente capturar uma saída para o mar.

DIPLOMACIA

Putin e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, se encontraram em uma cúpula diplomática em Minsk, capital de Belarus, na terça (26).

Putin disse que o governo ucraniano deve dialogar com os rebeldes. Já Poroshenko defendeu o desarmamento das forças separatistas e pediu ajuda internacional para o controle da fronteira.

A Rússia nega que tenha interferido militarmente na Ucrânia, e os separatistas dizem estar usando equipamento ucraniano capturado.

Autoridades americanas dizem que os separatistas não têm experiência nas armas usadas nos combates.

Na segunda (25), a Ucrânia divulgou vídeos do interrogatório de soldados russos detidos em território ucraniano. A Rússia confirma a detenção, mas diz que os militares entraram "por acidente".


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