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Sindicalismo opositor para Buenos Aires

Centrais contrárias a Cristina Kirchner fazem paralisação de 24 horas e interrompem boa parte de serviços públicos

Trens, aeroportos e bancos deixaram de funcionar; várias cidades do interior também foram afetadas

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

Sindicalistas de oposição ao governo da Argentina fizeram uma das suas maiores manifestações de todo o período do governo Kirchner nesta quinta (28).

Foi uma paralisação de 24 horas, que atingiu parcela significativa dos serviços: pararam de funcionar trens, caminhões, aeroportos, portos, bancos e postos de gasolina.

Além disso, atingiu parcialmente os bares e restaurantes, linhas do metrô de Buenos Aires, escolas, hospitais e os órgãos da Justiça.

Várias cidades do interior também foram afetadas, mas em menor escala.

O protesto foi uma ação conjunta de diferentes centrais sindicais. As mais importantes são a CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) e a ala opositora da CGT (Confederação Geral de Trabalho) "opositora", do líder Hugo Moyano.

Pela estimativa de Moyano, a paralisação teve adesão de 80% dos funcionários. O chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Jorge Capitanich, disse que apenas 25% cruzaram os braços.

Os sindicalistas reivindicavam, entre outras coisas, aumento das aposentadorias, uma lei que impeça demissões durante um ano e correção da tabela do imposto de renda. Com uma inflação de cerca de 30% ao ano, os salários também subiram e, com isso, muitos deles deixaram de ser isentos de impostos. Os sindicalistas querem que isso seja alterado.

O ministro do Trabalho, Carlos Tomada, disse que isso não "não é uma prioridade". Segundo ele, uma parcela pequena dos trabalhadores paga imposto de renda.

FERIADO

Por causa da paralisação, a quinta-feira em Buenos Aires parecia mais um dia de feriado, com pouco movimento nas ruas, bancos e lojas fechadas e ônibus vazios.

Manifestações aconteceram pela manhã, mas os protestos na rua não foram massivos. Alguns manifestantes bloquearam estradas que ligam cidades da Grande Buenos Aires à capital. Em um dos pontos, a polícia argentina usou gás de pimenta e empurrou manifestantes que tentaram ocupar uma ponte, mas ninguém ficou ferido.

Para Alejandro Hugo del Valle, professor da Universidade de Mar del Plata especializado em sindicalismo, já houve outras manifestações com "mais impacto político", principalmente porque essa não teve uma imagem de multidão na rua.

No Twitter, a presidente Cristina Kirchner postou fotos de sujeira que foi jogada nos trens. "Atentado contra vagões zero quilômetro. Sim, vagões novos, que custaram US$ 1,27 milhão cada unidade. Quem faz isso, os trabalhadores? Sem palavras", escreveu Cristina, em uma série de tuítes.

O ministro dos Transportes, Florencio Randazzo, afirmou que processará sindicalistas que bloquearam o acesso de trabalhadores que não aderiram à paralisação.

A previsão era de que todos os serviços seriam retomados normalmente nesta sexta (29).


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