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Putin compara ação de ucranianos a atos de nazistas

Rebeldes acatam pedido de Moscou e libertam soldados; presidente russo chama país de 'potência nuclear'

Otan diz estar claro que Rússia entrou no país vizinho e defende ingresso de Kiev na aliança militar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comparou nesta sexta-feira (29) o cerco das tropas da Ucrânia a cidades a cidades dominadas pelos rebeldes aos feitos pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As declarações foram feitas em discurso de apoio aos separatistas aliados de Moscou e de crítica às autoridades ucranianas, aliadas dos EUA e da União Europeia.

Para o líder russo, os rebeldes pegaram em armas para defender cidades das regiões de Lugansk e Donetsk, de maioria russa, do assédio das tropas do Exército ucraniano.

"Por mais triste que seja, isso me faz lembrar quando os nazistas cercaram cidades como Leningrado [atual São Petersburgo, na Rússia] e atiraram contra seus habitantes", afirmou.

"Nossos parceiros deveriam entender que é melhor não se indispor conosco", disse o presidente, em um fórum de jovens.

"Graças a Deus eu acredito que ninguém queira deflagrar um grande conflito co a Rússia. Quero lembrar que a Rússia é uma das grande potências nucleares", afirmou.

Putin afirmou que é necessário "obrigar" Kiev a negociar com os separatistas e deixar o que chamou de "política do ultimato".

Mais cedo, Putin pediu aos rebeldes a libertação de soldados ucranianos. "Peço para que abram um corredor para a saída de soldados ucranianos rendidos, a fim de evitar mortes desnecessárias."

Minutos depois, o pedido foi aceito por um dos líderes rebeldes, Aleksandr Zakharchenko. Num comunicado, os militares ucranianos disseram que o pedido do líder russo apenas demonstrava que "essas pessoas [os separatistas] são lideradas e controladas diretamente pelo Kremlin". Desde abril, a Ucrânia acusa a Rússia de enviar apoio militar e financeiro aos rebeldes e de invadir o país com suas próprias tropas.

Na quinta (28), a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliada de Kiev, divulgou imagens de unidades de artilharia russas dentro da Ucrânia.

A entrada de tropas foi negada pelo chanceler russo, Sergei Lavrov.

OTAN

Nesta sexta, o secretário-geral da aliança militar, Anders Fogh Rasmussen, chamou a entrada russa de "flagrante violação" da soberania territorial ucraniana. "Apesar das negativas de Moscou, agora está claro que tropas e equipamentos russos atravessaram ilegalmente a fronteira no leste e sudeste da Ucrânia", disse.

Rasmussen também defendeu a entrada da Ucrânia na Otan, defendida pelo premiê ucraniano, Arseni Yatseniuk. Ele deseja reabrir a postulação à aliança feita em 2008, que é criticada pela Rússia.

A ONU afirmou que 2.220 pessoas morreram devido aos combates no leste ucraniano.


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