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China irá manter controle de eleição em Hong Kong

Candidatos ao cargo de chefe de governo do território devem ser aprovados por comitê escolhido por Pequim

Militantes que pedem liberdade total no processo eleitoral ameaçam parar o distrito financeiro

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A China descartou neste domingo (31) eleições abertas em Hong Kong e afirmou que irá manter, nos próximos anos, o controle sobre os candidatos a chefe de governo do território, que tem status de região autônoma.

A medida causou revolta e manifestantes pró-democracia começam a pregar a desobediência civil.

A decisão tomada pela Assembleia Nacional Popular chinesa define que os postulantes ao Executivo de Hong Kong continuem a ser escolhidos por uma comissão nomeada por Pequim, que seleciona apenas candidatos alinhados ao regime.

Somente após essa seleção é que os eleitores de Hong Kong podem votar. Quando o Reino Unido entregou o território à China em 1997, foi estipulado que a partir de 2017 qualquer um pudesse concorrer ao cargo sem ter de se submeter ao jugo de Pequim.

O governo chinês, porém, voltou atrás e afirmou que só dois ou três postulantes aprovados por mais da metade dos membros de um comitê escolhido por Pequim poderão participar da eleição. Entre os requisitos para a seleção estão o "amor ao país".

Segundo a vice-secretária-geral da Assembleia Nacional Popular, Li Fei, a liberdade total na escolha dos candidatos resultaria em uma sociedade caótica.

"Esses direitos vêm de leis, não caem do céu. Se o chefe de governo de Hong Kong não ama o país e o partido, então ele não pode trabalhar aqui", disse. "Esta é uma decisão legal, justa e razoável."

PROTESTOS

A medida causou a indignação de militantes pró-democracia, que pedem liberdade total no processo eleitoral."Essa decisão não nos deixa outra alternativa senão lutar por um sistema democrático genuíno", disse Joseph Cheng, líder da Aliança pela Democracia Verdadeira.

O movimento Occupy Central ameaça parar o distrito financeiro localizado no centro de Hong Kong em retaliação à medida, como parte de uma campanha de desobediência civil.

Em comunicado, representantes do Occupy Central afirmaram que "todas as possibilidades de diálogo foram exauridas e a ocupação definitivamente acontecerá".

Diante da possibilidade de protesto, o governo central chinês reforçou a segurança em prédios estatais do território, como a sede do governo e do Exército com soldados, barricadas e cercas.


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