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Polícia repreende movimento pró-democracia em Hong Kong

Manifestantes repudiam plano da China de pré-aprovar candidatos a governador do território

Pequim diz que medida pode ser revista, mas condena protestos e ameaça reagir com força a atos nas ruas

MARCELO NINIO DE PEQUIM

A polícia de Hong Kong usou gás de pimenta nesta segunda-feira (1º) para dispersar manifestantes que protestavam contra a decisão do governo chinês de vetar a realização de eleições totalmente livres no território.

Os choques ocorreram durante o tenso pronunciamento de uma alta autoridade chinesa, que tentava explicar a decisão anunciada no domingo. Frustrados, ativistas pró-democracia prometem uma onda de protestos.

Manifestantes interromperam aos gritos o discurso de Li Fei, vice-secretário-geral do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, o órgão do Legislativo chinês responsável por interpretar a Lei Básica de Hong Kong.

"Vergonha", dizia um dos cartazes empunhados pelos ativistas. Vários foram expulsos por seguranças.

Os manifestantes acusam Pequim de não cumprir a promessa de permitir que os cidadãos de Hong Kong escolham seu líder diretamente a partir de 2017. Em resposta, membros do grupo "Occupy Central", que há mais de um ano lidera protestos por uma votação sob "padrões internacionais de democracia", ameaçam paralisar o centro financeiro de Hong Kong e fazer um movimento de desobediência civil.

Segundo as regras estipuladas por Pequim, o chefe do governo de Hong Kong será escolhido por voto popular em 2017, conforme o prometido. Mas os candidatos terão que ser endossados por pelo menos metade de um comitê nomeado por Pequim.

Li Fei buscou apaziguar os manifestantes, afirmando que a proposta ainda poderá sofrer emendas e que o governo chinês está aberto ao diálogo. Mas foi duro ao responder às ameaças de greves e desobediência civil.

"Occupy Central é uma atividade ilegal. Se cedermos, isso irá deflagrar mais atividades ilegais", disse Li Fei.

CONTROLE

Hong Kong voltou ao controle da China em 1997, após um século e meio sob domínio britânico. Pequim concordou em manter o território como área autônoma, com liberdades inexistentes na China continental, sob o lema "Um país, dois sistemas".

Nos últimos anos, porém, democratas de Hong Kong têm se queixado de que as restrições impostas por Pequim vêm aumentando.

Ao mesmo tempo, muitos moradores do território se opõem ao movimento pró-democracia, temendo que os atos causem instabilidade.

Na madrugada de segunda, tanques do Exército chinês foram vistos nas ruas. Pode ter sido um movimento de rotina, mas a cena gerou preocupação de que o governo chinês exagere na reação aos protestos.


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