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Análise

Otan vive momento de maior relevância em vários anos com Ucrânia e terrorismo

PATRICK WINTOUR DO "GUARDIAN"

A última vez em que o Reino Unido sediou uma cúpula da Otan foi em 1990, quando Margaret Thatcher era primeira-ministra, a Guerra Fria chegava ao fim e a aliança militar ocidental questionava sua relevância em um mundo multipolar.

A Rússia tinha se tornado um país com o qual o Ocidente sentia que podia fazer negócios. Um quarto de século mais tarde, as ações de Putin e as novas e cada vez mais sinistras ameaças criadas por militantes islâmicos infundiram vida nova à Otan.

De fato, a organização hoje é tão relevante que a tarefa principal de David Cameron como anfitrião da cúpula desta semana no País de Gales é garantir que a pauta não seja grande demais.

Serão discutidos o avanço russo na Ucrânia e sua ameaça expansionista nos Bálcãs, a retirada das forças da Otan do Afeganistão em 2015, a possibilidade de ataques aéreos mais amplos contra o Estado Islâmico (EI) e as necessidades de uma força viável de reação rápida na Europa e de dar respostas às ameaças de guerra e terrorismo.

Cameron assegurou que a crise do EI, ainda mais pertinente diante da mais recente decapitação e da ameaça a um cidadão britânico, será discutida num jantar de trabalho na quinta-feira (4) e novamente na sexta (5), quando os 28 membros debaterão como responder à ameaça do terrorismo.

O Reino Unido espera que as discussões revelem mais sobre o pensamento de Barack Obama em relação a como combater o EI no Iraque e na Síria.

Cameron já disse que apoia a rodada atual de ataques aéreos americanos. O governo britânico acredita que tem base legal para participar de ataques aéreos ou auxiliar os EUA, mas está receoso em relação ao contexto político mais amplo.

No ano passado, após os ataques químicos de Bashar al-Assad na Síria, Cameron definiu uma "linha vermelha" e foi obrigado a ver os parlamentares britânicos converterem a linha em pó, deixando-o furioso e com cara de tolo.

Reservadamente, Cameron espera do hesitante Obama definição mais clara de seu pensamento estratégico.

Algumas figuras que cercam o primeiro-ministro podem perder paciência com a cautela metódica de Obama, apesar de aceitarem que não existem opções fáceis.

Os membros da Otan, por sua vez, precisam avaliar a conveniência de serem vistos como estando bombardeando os inimigos de Assad.


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