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Chance de Escócia se separar gera queda da libra e apelos britânicos

Ex-premiê Gordon Brown propõe mais autonomia a escoceses por voto 'não' à separação

Libra caiu 1,3% em relação ao dólar nesta segunda; referendo sobre futuro escocês ocorrerá no dia 18

LEANDRO COLON DE LONDRES

As reais chances de vitória da independência da Escócia no referendo do dia 18 começam a causar impacto não só na política do Reino Unido, mas também na economia, atingindo a moeda (libra) e ações de bancos e empresas escoceses.

Diante da disputa acirrada, líderes políticos fizeram novos apelos nesta segunda-feira (8) contra a reviravolta a favor da separação, divulgada em pesquisa no fim de semana.

O ex-primeiro-ministro Gordon Brown (2007-2010), do Partido Trabalhista e contra a independência, foi a público propor um pacote de medidas de autonomia ao Parlamento escocês, órgão regional criado por Londres em 1999, com poderes limitados.

Nascido na Escócia, Brown sugeriu que nova legislação nesse sentido comece a ser discutida logo após o referendo, para entrar em vigor em janeiro do ano que vem.

O movimento de Brown segue discurso do governo britânico, dirigido pelo conservador David Cameron, de dar mais liberdade financeira e política à Escócia em troca de seus moradores votarem contra a separação.

"O perigo é essas medidas parecerem desespero e não serem totalmente recebidas com confiança pelos escoceses", disse à Folha Andrew Blick, professor de ciência política do King's College, de Londres.

O referendo conseguiu unir os dois principais partidos para evitar o desastre político que seria o desmantelamento do Reino Unido, selando o fim de uma união de mais de 300 anos entre escoceses e ingleses.

Pesquisa do instituto YouGov, divulgada pelo "The Sunday Times", apontou, pela primeira vez, o voto "sim", a favor da separação, numericamente à frente do "não", num placar de 51% a 49% -- excluindo os indecisos.

O levantamento mostra ainda que os escoceses têm considerado a campanha pela independência muito mais positiva e eficiente do que a contrária à separação.

Com o impacto da pesquisa, a libra desvalorizou nesta segunda 1,3% em relação ao dólar, chegando a US$ 1,61, o menor patamar em dez meses. Há uma semana, estava em US$ 1,66. Ações de grandes empresas escocesas foram afetadas pela virada nas pesquisas, assim como de bancos, entre eles o Royal Bank of Scotland e o Lloyds Banking Group.


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