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Obama indica que atacará Síria para combater milícia

Presidente envia mais 475 militares ao Iraque e diz que Estado Islâmico será alvo dos EUA 'onde quer que esteja'

Americanos fornecerão ajuda com armas e inteligência, sem se envolverem em confronto direto

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Barack Obama abriu caminho, nesta quarta (10), para bombardear radicais da milícia Estado Islâmico (EI) na Síria ao anunciar que "não hesitará" em atacar os radicais no país, assim como no Iraque, para "destruí-los de forma definitiva".

"Vamos caçar os terroristas que ameaçam o nosso país onde quer que eles estejam. Isso significa que não vamos hesitar em tomar ações contra o EI na Síria, como no Iraque", disse Obama em discurso na véspera do 13º aniversário dos atentados de 11 de Setembro.

Os EUA já vêm bombardeando alvos dos fundamentalistas islâmicos no Iraque desde agosto. Na Síria, Obama vinha evitando os ataques, que podem ajudar o ditador Bashar al-Assad, de quem o EI é inimigo.

No discurso desta quarta, o presidente deixou claro que "não pode contar com o regime de Assad, que aterroriza seu povo", na luta contra os radicais. "Ao invés disso, devemos fortalecer a oposição [síria] como o melhor contrapeso a extremistas do EI, enquanto buscamos uma solução política necessária para resolver a crise a Síria de uma vez por todas", disse.

Nesta quarta, líderes democratas no Senado já preparavam um texto para autorizar que militares treinem e forneçam armas a rebeldes sírios para lutar contra o EI.

Ainda como parte da expansão da ofensiva contra o Estado Islâmico, o democrata anunciou o envio de mais 475 militares ao Iraque, para ajudar as tropas locais com treinamento, inteligência e equipamentos. Eles se unirão a outros 1.000 soldados que já estão no país.

Obama fez questão de ressaltar que sua campanha contra o EI será "diferente das guerras no Iraque e no Afeganistão". "Não envolverá tropas combatendo em território estrangeiro. Essa campanha de contraterrorismo será conduzida usando o nosso poder aéreo e nosso apoio às forças aliadas em campo."

O presidente, no entanto, comparou sua estratégia contra o EI, de "apoiar aliados em campo", à ofensiva americana contra extremistas na Somália e no Iêmen, que também usa drones.

Segundo Obama, os EUA vão liderar uma coalizão de países --para a qual estão buscando o apoio especial de nações árabes-- contra o EI. O democrata anunciou que comandará uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em duas semanas para pedir apoio na prevenção de ataques da milícia.

Após deixar o Iraque, o secretário de Estado, John Kerry, chega nesta quinta à Arábia Saudita, país que já teria aceito "sediar" os treinamentos de rebeldes sírios por tropas americanas, segundo o "New York Times".


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