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Foco

Ação tenta estender benefícios dos que ajudaram em resgates no 11/9

Bombeiros, agentes públicos e voluntários relatam ter adquirido doenças como câncer

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Há 13 anos, o 11 de Setembro traz lembranças difíceis para um grupo em especial: bombeiros, policiais e voluntários que ajudaram na busca e no resgate das vítimas dos atentados de 2001 às Torres Gêmeas em Nova York.

Para eles, no entanto, a data neste ano ganha outro peso: expira nesta quinta (11) o prazo para que eles se inscrevam em um programa do governo estadual para receber subsídios por problemas de saúde relacionados ao trabalho de resgate.

Pouco mais de 40 mil pessoas já participam do programa. Cerca de 2.000 receberam indenizações, totalizando quase US$ 130 milhões.

O número de voluntários afetados, porém, pode ser bem maior, segundo sindicatos de bombeiros e policiais, já que parte das doenças registradas, como câncer e problemas respiratórios, pode surgir depois de anos.

"Se qualquer pessoa está em dúvida [se irá precisar da cobertura], é melhor se inscrever", disse o deputado democrata pelo Estado de Nova York Jerry Nadler, que lançou o alerta na última semana.

O Hospital Mount Sinai, em Nova York --que já atendeu, desde 2002, mais de 37 mil pessoas que participaram dos resgates--, divulgou que, até julho, pelo menos 1.646 casos de câncer estariam ligados ao trabalho realizado na sequência dos atentados, em especial por conta da poeira tóxica. Entre os principais casos estão leucemia, mieloma e câncer de pulmão e tireoide.

Como o temor é que o número de casos aumente com o envelhecimento dos voluntários e agentes, a senadora Kirsten Gillibrand, Nadler e mais dois deputados de Nova York também pedirão ao Congresso americano que estenda até 2041 um programa federal prevendo tratamento e subsídios para o grupo.

A lei de 2010 que regulamenta o programa, batizada de James Zadroga --em homenagem a um policial que morreu devido a uma doença respiratória após ajudar no resgate--, prevê que os auxílios expirem entre 2015 e 2016.

"Acredito que ninguém duvida que essas pessoas corajosas foram expostas a elementos que causaram doenças graves", disse o chefe da equipe médica da Sociedade Americana de Câncer, Otis Brawley, à CNN.

Para o deputado republicano Peter King, é fundamental que o prazo do programa federal seja estendido. "Temos a obrigação de proporcionar a essas pessoas o cuidado de saúde de que necessitam, e, às famílias, a compensação que elas precisam", afirmou, na segunda (8), em frente ao memorial do 11 de Setembro.


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