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Radicais que atiraram em Malala são presos

Em 2012, talebans tentaram matar paquistanesa por defender mulheres

Na época com 15 anos, ativista sobreviveu ao ataque e virou símbolo da luta feminina contra extremistas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Exército do Paquistão afirmou nesta sexta-feira (12) que as autoridades prenderam militantes do Taleban responsáveis por atirar em Malala Yousafzai, 17, adolescente que defende a educação de meninas.

Militantes do Taleban paquistanês assumiram a responsabilidade pelo ataque a Malala, em 2012, por sua defesa do direito das mulheres à educação. Duas outras estudantes foram feridas no ataque.

"Todo o grupo envolvido na tentativa de assassinato foi preso", disse o porta-voz do Exército, Asim Saleem Bajwa, em entrevista coletiva.

Bajwa acrescentou que o atentado foi ordenado pelo chefe do Taleban paquistanês, Mullah Fazlullah, que é oriundo da mesma região em que Malala nasceu, o vale do Swat, no noroeste do Paquistão. Fazlullah comanda o grupo radical desde 2009 e hoje estaria escondido no vizinho Afeganistão.

"Vamos continuar nossos esforços até que Fazlullah esteja preso ou morto", concluiu o porta-voz do Exército.

A detenção dos dez homens envolvidos no atentado a Malala foi possível graças a uma operação conjunta do Exército, da polícia e dos serviços de inteligência, no âmbito da ofensiva que as Forças Armadas paquistanesas realizam contra grupos extremistas do país.

"Esta é uma boa notícia para nossa família e, principalmente, para o povo do Paquistão e o mundo civilizado", disse o pai de Malala, Ziauddin Yousafzai, em comunicado.

Malala sobreviveu ao tiro na cabeça após receber tratamento no Reino Unido, onde mora atualmente com sua família. A ativista paquistanesa não pode retornar à sua terra natal por causa das ameaças do Taleban de matá-la e a seus familiares.

Desde então, tornou-se um símbolo da luta contra os militantes extremistas que atuam em áreas tribais no noroeste do Paquistão e veem a educação de meninas como um costume importado do Ocidente, a ser combatido.

Malala ganhou um prêmio de direitos humanos da União Europeia e foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz no ano passado, vencido pela Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas).

Antes do atentado, Malala já havia se tornado conhecida em 2009, com apenas 11 anos, por causa do blog que escrevia para o serviço de notícias em urdu --idioma oficial do Paquistão-- da rede britânica BBC.

No blog, ela contava episódios de sua vida sob o governo taleban no vale do Swat.


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