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EUA descartam participação do Irã em combate a facção radical

Para o secretário de Estado americano, John Kerry, envolvimento iraniano seria inapropriado

França sugeriu Teerã como participante de conferência sobre ação contra Estado Islâmico, que ocorrerá em Paris

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário de Estado americano, John Kerry, descartou a possibilidade de participação do Irã na conferência que acontecerá em Paris, na semana que vem, para discutir o combate à milícia radical Estado Islâmico (EI).

A reunião, a ser realizada na segunda-feira (15), terá o objetivo de coordenar o apoio internacional ao governo do Iraque, em sua luta contra o EI. Autoridades da França --país anfitrião do encontro-- deixaram aberta a possibilidade de o Irã participar.

No entanto, em visita à Turquia para consultar autoridades locais sobre os esforços contra o EI, Kerry se opôs ao convite aos iranianos.

"Neste momento, não seria certo por diversos motivos", disse. "O Irã tem estado muito envolvido com suas forças na Síria", afirmou Kerry, que chamou o Irã de "Estado patrocinador do terror em vários lugares".

De acordo com o secretário de Estado dos Estados Unidos, o governo francês não o consultou antes de cogitar a participação iraniana. Nas últimas semanas, especulou-se que a situação na Síria e no Iraque poderia apresentar uma chance de aproximação entre Irã e Estados Unidos, já que ambos os governos veem no EI um inimigo comum.

Entretanto, Kerry deixou claro que o governo dos EUA optou por outra abordagem, mantendo o que chamou de "profunda e séria conversa" com o Irã, sobre um acordo de suspensão das sanções econômicas por parte dos americanos e restrições no programa nuclear iraniano.

Segundo Kerry, a Guarda Islâmica Revolucionária do Irã está envolvida na guerra civil da Síria, na qual apoia o ditador Bashar al-Assad contra grupos rebeldes --entre eles, o EI. Por isso, o Irã teria outros interesses em jogo.

Embora Kerry evite o uso da palavra "guerra" para definir a situação, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta sexta (12), que os Estados Unidos estão, sim, "em guerra" contra a facção.

FOLEY

Familiares do jornalista americano James Foley, decapitado pelo EI, disseram que um funcionário do governo americano os ameaçou na época em que Foley estava sequestrado na Síria.

O canal de televisão americano ABC News reproduziu as palavras da mãe e do irmão do jornalista, que relataram que um militar a serviço da Casa Branca disse que eles poderiam ser acusados de apoio ao terrorismo caso pagassem resgate ao EI.

Questionado, Josh Earnest se recusou a comentar, mas reforçou a política americana de não pagar resgates.


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