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EUA não descartam tropas contra facção

Chefe militar diz que, se coalizão contra Estado Islâmico não funcionar, vai propor a Obama soldados em solo no Iraque

Presidente americano vem rechaçando ideia; milícia radical derruba avião do governo sírio em área sob seu domínio

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

O chefe do Estado Maior das Forças Armadas americanas, general Martin Dempsey, admitiu nesta terça-feira (16), em audiência no Senado, que não está descartado o envio de militares dos EUA para lutar ao lado dos iraquianos contra a milícia radical Estado Islâmico (EI).

Foi a primeira vez que um alto funcionário do governo disse, publicamente, considerar o uso de forças terrestres --o que vinha sendo rechaçado pelo presidente Barack Obama em todas as suas declarações até agora.

"Minha opinião agora é que a coalizão é o caminho mais apropriado", disse. "Mas se isso não se confirmar e se houver ameaça aos EUA, então eu certamente vou voltar a falar com o presidente e fazer recomendações que podem incluir o uso de forças americanas terrestres."

Segundo Dempsey, a ofensiva aérea pode não ser a solução em casos onde a meta é atacar os radicais de áreas urbanas, como Mossul. Nessas situações, um bombardeio colocaria civis em risco.

Nestas condições, o general poderia indicar "orientações de combate", em que americanos lutariam ao lado dos iraquianos.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que Dempsey "se referia a um cenário hipotético" e que a decisão de Obama sobre não enviar tropas permanece.

Até agora, a ofensiva dos EUA inclui apenas ataques aéreos contra focos do EI no Iraque. Na semana passada, Obama anunciou que poderá atacar em território sírio.

A decisão de enviar militares representaria um problema para o democrata, que sempre foi crítico da guerra do Iraque e retirou as tropas do país em dezembro de 2011.

Uma pesquisa Wall Street Journal/NBC mostra que apenas 34% dos americanos apoiam o deslocamento de soldados para o confronto.

Desde junho, o presidente determinou o envio de 1.600 militares para o Iraque, com função de reforçar a segurança dos cidadãos americanos no país. O último grupo, de 475 soldados, contudo, ajudará as tropas locais com treinamento e equipamentos.

Segundo o secretário de Defesa, Chuck Hagel, da coalizão formada pelos EUA com mais de 40 países, 30 já teriam concordado em dar "suporte militar" na ofensiva contra o EI.

Nesta quarta-feira (17), a Câmara deve votar o pedido de Obama para autorizar o governo a treinar e equipar 5 mil rebeldes sírios contra a facção radical.

Os republicanos querem incluir a autorização como uma emenda da lei de gastos que manterá o governo funcionando até o meio do mês de dezembro.

CAÇA DERRUBADO

Os radicais do EI derrubaram um caça do Exército sírio nesta terça (16) na cidade de Raqqa, no nordeste do país, principal local dominado pelo Estado Islâmico.

"Foi a primeira aeronave derrubada desde o início dos ataques do regime sírio contra eles", diz a nota do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com base em Londres. A milícia confirmou a queda do avião por meio de mensagens no Twitter.

O avião caiu sobre uma casa, e teria matado oito pessoas, segundo fonte citada pelo "New York Times".

Nesta terça, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que preside a comissão de investigação da ONU para a Síria, denunciou que o EI tem doutrinado crianças no país e os obrigado a atuar como soldados, presenciando, inclusive, execuções.


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