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França inicia ataques a milícia no Iraque

Militares franceses bombardeiam armazém do Estado Islâmico, inaugurando sua operação militar contra facção

Jatos Rafale destruíram depósito de armas e combustível na cidade de Zumar, perto de Mossul, nesta sexta (19)

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A França anunciou nesta sexta (19) que seus aviões de guerra fizeram os primeiros ataques aéreos a posições da milícia radical Estado Islâmico (EI), no norte do Iraque.

Os bombardeios, que marcaram o início da participação francesa na coalizão de combate à facção, atingiram um armazém de armas e combustível controlado pelos militantes na cidade de Zumar, perto de Mossul.

"Nesta manhã, às 9h40 [4h40 no horário de Brasília], nossos jatos Rafale fizeram um primeiro ataque aéreo a um depósito de logística dos terroristas", disse o gabinete do presidente François Hollande em um comunicado.

Segundo um porta-voz do Exército iraquiano, dezenas de combatentes da facção morreram no ataque.

Hollande disse que os militares franceses se esforçaram para evitar fazer vítimas civis, e que o armazém fica em uma área remota.

O governo francês informou ainda que haveria novos ataques nos próximos dias.

Na quinta (18), Hollande dissera que os primeiros ataques seriam feitos assim que voos de reconhecimento identificassem os alvos e que a participação francesa seria limitada à atividade aérea, sem operação terrestre, a exemplo dos americanos.

O ataque foi elogiado pelos Estados Unidos, por meio do chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o general Martin Dempsey.

VELHOS AMIGOS

Dempsey estava na França nesta sexta, para uma visita à praia em que os americanos chegaram ao país no Dia D, na Segunda Guerra Mundial. "Os franceses foram nossos primeiros aliados e estão conosco de novo agora", disse.

Dempsey foi avisado do ataque pelo chefe militar francês, Pierre de Villiers.

O governo francês foi voluntarioso em mostrar apoio aos Estados Unidos nos esforços contra o EI. Na segunda-feira (15), Paris sediou a reunião que definiu a coalizão internacional de combate à facção.

Para analistas, a atuação francesa é simbólica: quer mostrar aos EUA que eles não estão sozinhos nesta guerra contra os extremistas.

Isso é significativo, por acontecer 11 anos depois de a França ter criticado a invasão americana ao Iraque.

Com problemas domésticos e alta taxa de rejeição entre os franceses --principalmente pela crise econômica--, Hollande usa a política externa para angariar apoio.

O Iraque é o terceiro país em que o presidente autorizou intervenção. Em 2011, a França atacou militantes ligados à Al-Qaeda no Mali.

No mesmo ano, os militares franceses participaram de um esforço conjunto com Estados Unidos e Reino Unido na Líbia, também, por meio de ataques aéreos.

E, no ano passado, a França estava pronta para intervir na guerra civil Síria contra o regime do ditador Bashar al-Assad, mas o plano foi descartado pelo presidente americano, Barack Obama.


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