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Facção radical cria 'polícia religiosa' no norte iraquiano

Agentes do Estado Islâmico vigiam os hábitos da população, como uso de burca e consumo de álcool

Milhares de curdos da Síria cruzaram a fronteira com a Turquia, fugindo dos avanços da milícia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Militantes da facção radical Estado Islâmico (EI) criaram uma força policial no norte do Iraque, para impor a ordem religiosa nos territórios que dominam.

Os "policiais" usam roupas pretas, com as palavras "Polícia Islâmica do Estado de Nínive". Eles têm carros e barcos de patrulha.

Registros já haviam mostrado a existência de forças policiais da facção radical em territórios da Síria.

A intenção é vigiar a observância de práticas religiosas pela população. Eles fiscalizam, por exemplo, o uso da burca pelas mulheres, que é obrigatório, e o consumo de bebida alcoólica, totalmente proibido.

Segundo um conhecido site de militantes islâmicos, a força policial do EI é diferente das polícias de outros lugares, descritas como "feitas para suprimir dissidências".

A polícia do EI realiza batidas nas ruas e revista casas. segundo relatos de moradores da província de Nínive.

A facção dominou a região em julho deste ano, causando a fuga em massa da população local. Cristãos na cidade de Mossul foram obrigados a se converter ao islã ou pagar uma taxa religiosa.

Neste mês, a facção alterou o currículo escolar nas áreas em que domina, acabando com aulas de educação cívica, história, artes plásticas e música. A palavra "nacionalismo" foi banida das salas de aula.

TURQUIA

Milhares de curdos atravessaram a fronteira da Síria à Turquia, fugindo dos avanços do EI, nesta sexta (19).

Na quinta, a facção dominou dezenas de aldeias curdas no norte da Síria.

O presidente do Curdistão iraquiano --região autônoma no norte do Iraque--, Masoud Barzani, fez um apelo por proteção à cidade de Korbani, que fica na Síria, perto da fronteira com a Turquia.

"Eu convoco a comunidade internacional a usar todos os meios o mais rápido possível para proteger Korbani", disse. "Os terroristas do EI precisam ser atingidos e destruídos onde quer que estejam", concluiu Barzani.

A violência na região é um problema para a Turquia, que já abriga mais de 1,3 milhão de refugiados sírios, em função da guerra civil que acontece no país desde 2011.

Soldados turcos escoltaram cerca de 4.000 curdos da Síria fronteira adentro. Antes, houve protestos pela relutância turca em abrir a fronteira.

O premiê turco, Ahmet Davutoglu, disse que deu ordens de permitir a entrada. "Quando nossos irmãos da Síria chegam escapando da morte, nós os recebemos", disse.


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