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EUA veem grupo sírio como maior ameaça

Funcionários do governo dizem que célula próxima da Al Qaeda é mais perigosa ao país do que Estado Islâmico

Liderada por homem de confiança de Bin Laden, facção Khorasan é vista com mais potencial de atentados no Ocidente

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Um grupo com atuação na Síria liderado por um dos homens de confiança de Osama bin Laden representa hoje uma ameaça ainda maior que o Estado Islâmico (EI) para os EUA e a Europa, segundo fontes do governo americano consultadas pelo jornal "The New York Times".

Apesar da ofensiva dos EUA contra a milícia radical, funcionários de inteligência e de segurança nacional do país disseram ao jornal que o grupo Khorasan oferece um risco maior de ataques aos territórios americano e europeu do que o EI, cujo foco seria criar um regime islâmico na Síria e no Iraque.

Até então relativamente desconhecido, o Khorasan teve seu nome citado na última quinta-feira (18) pelo diretor de inteligência nacional, James Clapper, durante audiência em Washington.

Clapper disse: "em termos de ameaça ao território americano, o Khorasan pode representar tanto risco quando o Estado Islâmico".

O grupo teria surgido na Síria no último ano, liderado por Muhsin al-Fadhli ""que, segundo o Departamento de Estado, estaria entre o pequeno grupo de aliados de Bin Laden que sabiam, com antecedência, dos ataques de 11 de Setembro de 2001.

Para as fontes de inteligência citadas pelo "NYT", a atenção voltada para o EI --principalmente após a execução de dois jornalistas americanos pelo grupo na Síria-- fez com que se "distorcesse" a visão sobre real ameaça terrorista que emergiu com a guerra civil na Síria.

A Frente al-Nusra, afiliada da Al Qaeda no país, e o Khorasan seriam os grupos que apresentam maior risco de atentados a EUA e Europa.

O Khorasan é descrito por agentes de inteligência como uma célula formada por combatentes veteranos da Al Qaeda que atuavam não só no Afeganistão e no Paquistão, mas também na África e no Oriente Médio. Eles estariam "particularmente interessados" em organizar ataques com explosivos.

O governo Obama tem repetido que não houve ainda qualquer indício real de um possível atentado por parte do EI. Segundo a CBS News, contudo, uma possível ameaça de atentado do Khorasan teria levado a um endurecimento na fiscalização em aeroportos pelo mundo, que fez com que fossem banidos dos voos celulares e laptops com bateria descarregada.


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