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Caracas diz respeitar decisão de prisão domiciliar para opositor
Ex-policial terá de mostrar relatório trimestral sobre sua saúde
O governo venezuelano disse respeitar a decisão da Justiça de conceder prisão domiciliar para tratamento médico a Iván Simonovis, ex-chefe de Polícia de Caracas condenado a 30 anos.
A declaração foi do ministro do Interior venezuelano, Miguel Rodríguez. "È uma decisão do Poder Judiciário que nós respeitamos."
O Tribunal Superior de Justiça informou que Simonovis terá de apresentar relatórios trimestrais sobre sua saúde e deverá retornar à prisão assim que melhorar. De acordo com seu advogado, porém, Simonovis pode demorar a se recuperar das patologias desenvolvidas no cárcere.
O ex-policial estava preso desde 2004, condenado por suposto envolvimento na morte de quatro manifestantes pró-governo durante os conflitos que levaram ao golpe contra o então presidente Hugo Chávez, em 2002.
Médicos do hospital militar para onde foi levado reiteradas vezes diagnosticaram 19 patologias, incluindo pressão alta e osteoporose.
Na casa da família, o preso poderá receber tratamento adequado, mas segue sob vigilância constante do Sebin, serviço secreto nacional, além de ser proibido de manifestar publicamente opiniões políticas.
A decisão é vista como gesto de boa vontade às vésperas da Assembleia Geral da ONU, em que Caracas vai pleitear uma das vagas rotativas no Conselho de Segurança.