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Taleban rejeita novo governo do Afeganistão

Grupo radical afirma que pacto de união entre candidatos presidenciais rivais é 'armação orquestrada' pelos EUA

Declarado vencedor do pleito, o ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani nomeou o rival como primeiro-ministro

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Militantes do grupo radical Taleban no Afeganistão refutaram nesta segunda (22) um pacto feito por candidatos presidenciais rivais nas eleições, dizendo que o acordo era uma "armação orquestrada" pelos EUA.

O ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani foi nomeado presidente eleito no domingo (21), após ter assinado um acordo para compartilhar o poder com seu oponente, o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah, encerrando três meses de desentendimento sobre o resultado das eleições.

O porta-voz do Taleban, Zabihullah Mujahid, rejeitou o pacto do governo de união, dizendo ser uma ação inaceitável orquestrada pelo inimigo. O Taleban tem lutado contra forças estrangeiras lideradas pelo EUA no país.

"Instalar Ashraf Ghani e formar um governo de mentira nunca será aceitável para os afegãos", disse Mujahid em um comunicado enviado a jornalistas por e-mail.

"Os norte-americanos têm de entender que nosso solo e nossa terra pertencem a nós, e todas as decisões e acordos são feitos por afegãos, não pelo secretário de Estado dos EUA ou por um embaixador", escreveu Mujahid.

No processo eleitoral, os dois candidatos trocaram acusações de fraude no pleito. Abdullah liderou o primeiro turno, mas Ghani acabou, de acordo com resultados preliminares, vencedor no segundo turno, em junho.

Abdullah então alegou fraude nos dados divulgados e ameaçou se retirar do processo eleitoral.

Diante da crise, a ONU e o secretário de Estado americano, John Kerry, negociaram para que fosse feita uma auditoria dos cerca de 8 milhões de votos computados.

De acordo com o estipulado no pacto, Ghani será presidente, enquanto o derrotado Abdullah será o chefe-executivo, posto criado para acabar com a crise e equivalente ao de primeiro-ministro.

Esta será a primeira transição democrática na história política afegã. O Taleban governou o país durante cinco anos com uma interpretação extrema da lei islâmica, até ser tirado do poder após a invasão pelos EUA em 2001. Desde então, Hamid Karzai ocupava a Presidência.

A retirada das tropas americanas do Afeganistão --cerca de 33 mil-- está prevista para ser finalizada em 2016.


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