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Israel e palestinos se reúnem para negociar trégua estendida

Encontro discutirá termos para prolongar cessar-fogo em Gaza

DIOGO BERCITO ENVIADO ESPECIAL À FAIXA DE GAZA

Israel e a delegação palestina que reúne as facções Fatah e Hamas se reúnem nesta terça-feira (23) no Cairo para voltar a discutir, quase um mês após a guerra, os termos para prolongar a sua trégua.

O cessar-fogo de 30 dias vai expirar durante esta semana, mas as questões que ajudaram a construir o conflito --como o cerco israelense e a militarização do Hamas-- persistem em Gaza, estrangulando a população com a carência de eletricidade e água.

A guerra, encerrada em 26 de agosto, durou 50 dias, com mais de 2.000 mortos e um prejuízo de milhões de dólares no território palestino.

Para Ahmad Yusef, influente consultor político ligado ao Hamas, o encontro no Egito servirá como demonstração das partes de que permanecem comprometidas com um diálogo sério.

Mas, segundo Yusef, a negociação mais concreta deve ser adiada para após o feriado judaico de Yom Kippur e o islâmico de Eid al-Adha, no início do mês que vem.

Palestinos irão exigir o fim do cerco, a construção de porto e aeroporto em Gaza e a soltura de prisioneiros. Israel vai insistir na desmilitarização de todo o território.

Mas "não vamos discutir o fim das armas", afirma Yusef à Folha. "Temos o direito à resistência."

O Hamas deve reunir-se também no Cairo, durante a semana, com a facção rival Fatah para discutir outro de seus desafios: a implementação do governo de unidade anteriormente acordado.

O Fatah reclama que o Hamas impede a vinda de ministros a Gaza e, assim, força na prática a sua permanência no poder do território.

Yusef desafia, porém, as acusações do Fatah. "São o governo. É claro que podem vir. Mas estão fazendo um jogo para justificar o fato de que ainda não vieram."

A versão do Hamas é contestada por Faisal Abu Chahla, um dos líderes do Fatah em Gaza. "Eles não deixam o governo de unidade funcionar. Existe, aqui, um governo paralelo", diz à Folha.

Ambas as facções estão, porém, de acordo em relação a suas exigências e afirmam que não aceitarão nenhuma solução que não passe pelo fim do bloqueio de Israel, que controla desde a passagem fronteiriça até a distância permitida aos pescadores.


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