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Vaticano prende ex-arcebispo polonês acusado de pedofilia

Em ação inédita na igreja, Jozef Wesolowski é posto em prisão domiciliar por ordem do papa

Ele responde por ter supostamente pagado por sexo com crianças quando era núncio na República Dominicana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Vaticano prendeu nesta terça-feira (23) o ex-arcebispo polonês Jozef Wesolowski, acusado de pagar para fazer sexo com crianças quando era núncio (embaixador da Santa Sé) na República Dominicana.

A prisão é a primeira feita na cidade-Estado sob a acusação de pedofilia. Wesolowski, 66, havia perdido seus cargos na Igreja Católica em junho, por uma decisão de um tribunal do Vaticano --na prática, havia se tornado um leigo.

Nesta terça, uma corte criminal do Vaticano, em processo separado, determinou uma audiência preliminar do caso e ordenou que Wesolowski fosse mantido sob prisão domiciliar, com autorização do papa Francisco.

Até esta terça, ele estava vivendo livremente em Roma, e associações de vítimas na República Dominicana pediam sua prisão para que não houvesse o risco de fuga.

O ex-arcebispo é a figura mais proeminente da Igreja Católica a ser presa desde Paolo Gabriele, mordomo papal condenado em 2012 por vazar documentos privados do papa Bento 16.

Wesolowski foi chamado de volta a Roma no ano passado, quando ainda era um diplomata na República Dominicana e foi acusado de pedofilia pela imprensa local.

Ele pode ser condenado a 12 anos de prisão em um julgamento sem precedentes no Vaticano.

Segundo a Igreja Católica, a detenção do ex-arcebispo refletiu a vontade do papa Francisco "de que um caso tão grave e delicado fosse tratado sem demora, com o rigor justo e necessário".

Desde o início de seu papado, Francisco tem reforçado a política de tolerância zero a crimes de pedofilia por membros da Igreja Católica.

PROCESSO

As autoridades dominicanas chegaram a abrir investigação contra o ex-arcebispo, mas o processo não evoluiu porque o Vaticano havia argumentado que ele possuía imunidade diplomática. Quando Wesolowski perdeu esse privilégio, em junho, os promotores do país caribenho retomaram o plano de acusá-lo no país.

Um porta-voz da promotoria afirmou que as autoridades pedirão mais informações ao Vaticano para decidir os próximos passos.


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