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Libéria pede doações de sangue para tratar ebola
Sangue de sobrevivente é indicado para prevenção e tratamento da doença
Epidemia no oeste africano já matou mais pessoas do que todos os surtos de ebola da história somados
O chefe de uma unidade de tratamento de ebola na Libéria, país mais afetado pela epidemia, fez um apelo para que sobreviventes da doença doem sangue, para ser usado no tratamento de doentes.
"Precisamos que sobreviventes venham e nos ajudem com doações", disse Attai Omoruto, diretor de um novo hospital em Monróvia.
Estudos sugerem que transfusões de sangue de sobreviventes do ebola podem prevenir ou tratar a doença.
William Pooley, um britânico que se recuperou do ebola após ser tratado em Londres, viajou aos Estados Unidos para doar seu sangue.
"O sangue dos sobreviventes tem anticorpos que lutaram contra o vírus ebola", disse Pooley.
A epidemia de ebola já matou mais de 2.800 pessoas, principalmente em Guiné, Libéria e Serra Leoa. O número é maior do que a soma dos mortos nos surtos anteriores.
SEM CONTROLE
Nesta terça (23), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças americanos (CDC) divulgaram a estimativa de que até 1,4 milhão de pessoas poderiam ser infectadas pelo ebola até janeiro de 2015.
O número foi criticado por especialistas. "É impossível prever quantos casos haverá em quatro meses", afirmou Peter Pior, diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
"A não ser que o CDC tenha dados que ninguém mais tem, é inútil", disse Pior.