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Paciente com ebola havia sido liberado de hospital

Homem pôde voltar para casa, mesmo após ter informado que viera da Libéria

Infectado teve contato com entre 12 e 18 pessoas, entre elas cinco crianças, segundo disseram autoridades

GIULIANA VALLONE DE NOVA YORK

O primeiro paciente diagnosticado com ebola nos EUA havia procurado um hospital quando começou a sentir os sintomas da doença, mas foi mandado de volta para casa mesmo após ter informado que estava vindo da Libéria.

A informação foi confirmada pelo Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, no qual o homem foi atendido no dia 26 de setembro.

Segundo o dr. Mark Lester, uma enfermeira teria deixado de repassar o dado para a equipe médica.

O homem, que está isolado em Dallas, no Texas, em estado grave, foi identificado como Thomas Eric Duncan, um liberiano de cerca de 40 anos que estava na casa de parentes nos Estados Unidos.

Segundo o jornal "The New York Times", Duncan, que morava em Monróvia, capital da Libéria, pode ter contraído o vírus ao entrar em contato com uma mulher doente apenas quatro dias antes de deixar o país rumo aos EUA.

Duncan é amigo e inquilino da família da mulher infectada, que estava grávida de sete meses e morreu, e ajudou a transportá-la, em um táxi, para o hospital.

Uma equipe de dez agentes do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, na sigla em inglês) trabalha em Dallas para assegurar que a doença não se espalhe.

Entre 12 e 18 pessoas estão sendo monitoradas por terem tido contato com Thomas Duncan desde que ele chegou aos Estados Unidos, no dia 20 de setembro.

Entre elas, estão três membros da equipe da ambulância que levou o homem ao hospital e cinco crianças que foram à casa da família de Duncan ao longo do último final de semana.

As cinco crianças estudam em quatro escolas diferentes, que permanecerão abertas, segundo as autoridades.

Como precaução, porém, todos os locais passarão por uma limpeza.

Eles serão monitorados por 21 dias --período máximo de incubação do vírus. Normalmente, os sintomas da doença aparecem até dez dias após a infecção.

"Se qualquer um deles apresentar um quadro de febre, vamos isolá-lo imediatamente para parar a cadeia de transmissão", afirmou Tom Frieden, diretor do CDC.

Duncan informou às autoridades que embarcou em um voo da companhia aérea americana United Arlines.

Em comunicado divulgado nesta quarta (1º), a United afirmou que "o diretor do CDC divulgou que há zero risco de transmissão' em qualquer um dos voos em que o paciente viajou, já que não havia sintomas."

A companhia divulgou informações sobre o voo em que acredita que Thomas Duncan estava, "apesar de o CDC ter informado que não é preciso entrar em contato com outros passageiros no mesmo voo".

Duncan pegou um avião da United em Bruxelas, na Bélgica, até Washington, e depois viajou, pela mesma companhia, até Dallas.


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