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Até cem pessoas nos EUA podem ter se exposto a ebola

Indivíduos teriam tido contato com infectado após manifestação da doença

Cinegrafista free-lance da rede NBC é o quinto americano a contrair o vírus e passará por tratamento nos EUA

GIULIANA VALLONE DE NOVA YORK

Cerca de cem pessoas podem ter tido contato com o liberiano Thomas E. Duncan, 42, o primeiro paciente que foi diagnosticado com ebola já nos EUA.

Ele chegou ao país por Washington e foi para Dallas (Texas), onde está internado.

Nesta quinta (2), autoridades médicas afirmaram que estas pessoas estão sendo entrevistadas para determinar se houve o contato.

Tom Frieden, diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), diz que ainda não é possível saber exatamente quantas delas realmente estiveram com o paciente desde que os sintomas da doença começaram, no dia 24 de setembro.

Uma vez que o contato é confirmado, elas passam a ser monitoradas por 21 dias (tempo de incubação do vírus) e têm sua temperatura medida duas vezes por dia. Quem apresentar algum sintoma da doença --febre, diarreia e vômitos-- é imediatamente isolado.

A namorada de Duncan, o filho dela e dois sobrinhos, que estiveram na mesma casa em que Duncan ficou no fim de semana, foram postos em quarentena nesta quinta.

A casa em que vivem é monitorada por policiais, e eles não podem deixar o local, sob risco de processo.

David Lakey, chefe do Departamento de Serviços de Saúde do Texas, disse que "é importante deixar claro que esses indivíduos não apresentaram nenhum sintoma, estão saudáveis."

A CNN falou com a namorada de Duncan, e ela informou que o apartamento em que estão confinados ainda não havia sido limpo.

Lençóis, roupas e toalhas usadas por Duncan ainda estão no local, o que pode aumentar a chance de contágio.

Lakey admitiu que as autoridades encontraram resistência ao procurar uma equipe especializada que aceitasse fazer a limpeza do local: "Nós não estamos satisfeitos com isso. Estamos agindo para que a casa seja limpa e para que eles recebam comida e o que mais precisarem".

Na Libéria, o chefe da autoridade aeroportuária, Binyah Kesselly, disse que Duncan pode ser processado porque negou, em um formulário, que teve contato com pessoa eventualmente diagnosticada com ebola.

Ele não teria declarado que ajudou, no dia 15, uma vizinha grávida que estava doente. Ela morreu dias depois.

"Se tivesse respondido honestamente, faria um segundo teste e não poderia deixar o país", disse Kesselly.

Tom Frieden, do CDC, evitou afirmar que Duncan mentiu. "A realidade é que as pessoas costumam não saber [se tiveram contato com alguém infectado]", disse.

Ele enfatizou que o paciente passou por exames no aeroporto e não tinha febre.

Em entrevista à CNN, o meio-irmão de Duncan, Wilfred Smallwood --nos EUA há nove anos--, negou que o liberiano tivesse viajado ao país para fugir da doença. "Ele disse que estava feliz porque iria ver seu filho e sua mulher. Ele não falou nada sobre o ebola", afirmou.

OUTRO AMERICANO

Nesta quinta, um cinegrafista americano free-lance que trabalhava para a rede NBC teve diagnóstico positivo para o ebola. Ele sentiu febre e dores na quarta-feira e ficou isolado por decisão própria.

Na manhã desta quinta, o homem, de 33 anos, procurou um centro de tratamento dos Médicos sem Fronteiras onde se submeteu ao teste. O resultado, que revelou a contaminação, saiu em 12 horas.

Ele é o quinto americano a se contaminar na Libéria e fará tratamento nos EUA.


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