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Presidente queniano comparece a corte internacional na Holanda
Uhuru Kenyatta é acusado de incitar violência no país em 2007
Advogados de presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, pediram nesta quarta-feira (8) aos juízes do Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), que encerrem o caso em que o governante é acusado de crimes contra a humanidade e o absolvam.
Segundo os advogados, a acusação não apresentou provas e o processo não pode ser retomado.
Os promotores reconheceram que não possuem provas suficientes para processar Kenyatta por seu suposto incentivo e financiamento da violência após as eleições presidenciais de 2007.
A onda de violência deixou mais de 1.000 mortos e obrigou 600 mil pessoas a abandonarem suas casas.
Os promotores, porém, dizem que o governo queniano obstrui a investigação ao não apresentar evidências, que incluem registros telefônicos do presidente, declarações fiscais e dados bancários.
O procurador-geral do Quênia disse que os pedidos de provas não são suficientemente detalhados para que ele possa agir.
O caso mostrou os limites do TPI para processar líderes de governo, já que muitas vezes o tribunal tem de contar com a colaboração desses governos na coleta de provas.
Kenyatta é o primeiro chefe de governo a comparecer diante do Tribunal Penal Internacional.