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Casal processa banco de esperma por trocar sêmen de loiro por negro

Caso nos EUA gera polêmica sobre suposto racismo; mulata, criança tem mãe branca

GIULIANA VALLONE DE NOVA YORK

O erro de um banco de esperma levantou uma polêmica sobre racismo nos EUA.

Jennifer Cramblett, 36, está processando o Banco de Esperma Midwest, em Chicago, por ter enviado a ela amostras do doador errado.

O problema: ela descobriu, aos cinco meses de gravidez, que o esperma usado na inseminação artificial não era do homem branco e loiro que ela e sua mulher escolheram para ser o doador, mas sim o de um homem negro.

A troca foi descoberta após Cramblett contatar o banco para reservar mais amostras do mesmo doador. O plano era que sua mulher, Amanda, 29, pudesse engravidar do mesmo homem.

A criança, uma menina chamada Payton, tem hoje dois anos. "Jennifer e Amanda a amam muito. Mas Jennifer vive todos os dias com medo, ansiedade e incerteza sobre o futuro dela e de Payton", diz a ação, que pede ao menos US$ 50 mil em danos.

Os advogados citam o fato de Cramblett ter sido criada em uma cidade em que quase 100% da população é branca (Uniontown, Ohio). "Ela não teve contato com afro-americanos até ir para a faculdade."

CABELO

Há também a dificuldade em cortar o cabelo da criança, diz o processo. "Payton tem o cabelo típico de uma menina afro-americana. Para obter um corte de cabelo decente, Jennifer precisa viajar para um bairro negro, distante de onde vive, onde obviamente é diferente dos outros na aparência e não é totalmente bem-vinda."

O caso gerou diversas reações, e a mulher foi acusada de racismo.

"As tendências de engenharia genética dessas mulheres são nauseantes. A vida não saiu como o planejado. E daí? Olhe o desemprego, os números do mercado imobiliário, a falência da edução público --essa é a vida de um negro, querida", escreveu a jornalista e professora da Universidade Northwestern Deborah Douglas, na revista "Time".


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