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Mercado em cima da hora

Francês se aproxima da Portugal Telecom

Grupo Altice já procurou sócios da brasileira Oi para dar início à negociação de compra de ativos portugueses da tele

Governo português também foi consultado; valor pode chegar a € 6 bilhões e acelerar negócio entre Oi e TIM

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

O interesse da francesa Altice em comprar a Portugal Telecom (PT) da Oi está prestes a se tornar uma proposta.

Nesta quarta, o presidente da empresa, Dexter Goei, procurou os acionistas da PT e o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas.

Segundo apurou a reportagem, antes de enviar uma proposta, a empresa francesa quer saber se o governo português dará aval a uma companhia estrangeira controlando uma "empresa que carrega o nome do país".

A Altice tem recursos para uma oferta de até € 6 bilhões, mas ainda pretende estudar o endividamento da Portugal Telecom.

O grupo francês está presente em nove países. Em Portugal, ele controla a Cabovisão e a Oni. Juntas, elas representam menos de 2% da receita total da empresa.

Com a PT, a Altice poderia ser um concorrente forte com pacotes de serviços combinados (telefonia fixa, móvel, internet e TV) ajudando a ampliar o espaço do grupo.

IMPACTO NA OI

Para a Oi, é um bom negócio. A venda da PT está alinhada com a estratégia de redução do endividamento para concluir o processo de consolidação --compra da TIM ou fusão com a tele rival.

Consultada, a Oi disse que não comenta rumores. Representantes da Altice não foram localizados até o fechamento desta edição.

Nos bastidores, os acionistas da Oi --brasileiros e portugueses-- já se preparam para se sentar à mesa de negociação. A expectativa é que um acordo seja costurado em, no máximo, 15 dias.

Com a saída de Zeinal Bava do comando da Oi, o presidente interino Bayard Gontijo ganhou mandato para conduzir as negociações e concluir o processo de consolidação. Na prática, isso significa que a Oi continuará sob seu comando até fevereiro de 2015 --prazo da consolidação.

Ainda segundo apurou a reportagem, o plano é vender os ativos da PT em Portugal e, ao mesmo tempo, negociar a consolidação com a TIM.

Vários são os motivos. Um deles se refere às sinergias (economias de custo com a fusão). Com a PT, as sinergias --ainda não incorporadas-- seriam de R$ 5,5 bilhões. Com a venda da PT, elas deixariam de existir e teriam de ser imediatamente substituídas pelas sinergias com a TIM.


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