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Hong Kong suspende diálogo com ativistas
Governo culpa líderes estudantis por situação
O governo de Hong Kong suspendeu nesta quinta-feira (9) o diálogo com os estudantes pró-democracia acertado depois de mais de uma semana de protestos que paralisaram partes da cidade.
"As bases para um diálogo construtivo foram minadas. É impossível manter um encontro construtivo", afirmou a vice-chefe do Executivo local, Carrie Lam, atribuindo o colapso das negociações aos líderes estudantis.
Depois do anúncio, os líderes estudantis de Hong Kong pediram que mais pessoas se unam às manifestações.
Os estudantes e o Executivo haviam concordado na terça-feira (7) em fazer reunião para debater suas reivindicações nesta sexta-feira (10).
O movimento pró-democracia obteve o apoio de boa parte da população.
No entanto, após oito dias em que praticamente paralisou Hong Kong, a ocupação de ruas da cidade foi perdendo força.
Hong Kong enfrenta a maior crise política desde que foi devolvido à China pelo Reino Unido em 1997.
Apesar de a China concordar em estabelecer o sufrágio universal na próxima eleição para o Executivo do território autônomo em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, uma proposta inaceitável para o movimento pró-democracia.
Os manifestantes também exigiam, em vão, a renúncia do governante local, Leung Chun-ying, visto como um fantoche de Pequim.
