Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ação policial reacende protestos nos EUA

Policial branco matou jovem negro em St. Louis, perto de Ferguson, onde caso semelhante deflagrou distúrbios

Polícia diz que jovem morto estava armado; nenhum dos envolvidos teve seu nome revelado à imprensa americana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um policial branco de folga matou com um tiro um jovem negro na quarta-feira (8), na cidade de St. Louis. A ocorrência deflagrou protestos na cidade durante a noite.

O caso lembra a morte do adolescente Michael Brown, no último mês de agosto, que aconteceu a poucos quilômetros dali, em Ferguson --um subúrbio de St. Louis--, e provocou uma série de manifestações populares e de distúrbios na cidade.

Segundo comunicado da polícia, o jovem morto nesta quarta-feira tinha 18 anos e estava armado. Ele teria atirado três vezes enquanto era perseguido pelo agente.

Nem o policial nem o jovem tiveram seus nomes divulgados até o fechamento desta edição.

O jovem teria sido uma das três pessoas que fugiram após serem abordadas pelo policial, que, apesar da folga na corporação, em que atua há seis anos, estava trabalhando para uma firma de segurança privada no momento da ocorrência.

O agente, que estava vestindo uma farda da guarda municipal, atirou 17 vezes contra o jovem, de acordo com nota da polícia.

Na noite de quarta, cerca de 200 pessoas reuniram-se no local do incidente, no bairro de Shaw, a 18 km de Ferguson.

Muitos dos manifestantes seguiram em passeata por uma rua movimentada, parcialmente bloqueando o trânsito e gritando palavras de ordem, enquanto um helicóptero da polícia sobrevoava a área, segundo a Reuters.

Em certo momento, cerca de uma dezenas de pessoas deram chutes e socos em dois veículos policiais, sendo uma viatura e um veículo à paisana. Manifestantes quebraram o vidro de trás de uma viatura da polícia.

Nenhum dos manifestantes, alguns dos quais vieram de Ferguson, tinha sido preso até o início da quinta-feira (9), segundo o chefe de polícia Dotson.

"Acredito que o departamento mostrou um grande comedimento", disse Dotson em coletiva de imprensa.

O policial, que não ficou ferido, foi colocado em licença administrativa e uma investigação está em andamento, disse a polícia.

Teyonna Myers, 23, uma das participantes da manifestação, disse ao jornal "St. Louis Post-Dispatch" ser a prima do suspeito e afirmou que ele estava desarmado quando foi morto.

"Ele tinha um sanduíche na mão, e eles pensaram que era uma arma. É como Michael Brown, tudo de novo", disse ao jornal.

NOVOS PROTESTOS

Diversas entidades de apoio à igualdade racial anunciaram planos de convocar novas manifestações pela cidade ao longo dos próximos dias.

Os protestos coincidem com atos em memória de Michael Brown em Ferguson, cuja morte completou dois meses nesta quinta.

Brown, que estava desarmado, foi morto por pelo menos seis tiros pelo policial Darren Wilson, 28, após este ter ordenado o jovem a sair do meio-fio e caminhar pela calçada. Segundo o relato do policial, branco, a vítima teria tentado pegar sua arma, o que é negado por defensores do jovem.

A polícia de Ferguson afirmou que Brown era suspeito de um furto ocorrido minutos antes de sua morte, mas admite que o contato inicial dele com o policial não tem relação com o caso.

A reação das autoridades de segurança contra manifestantes após o assassinato de Brown provocou discussões sobre uma possível militarização excessiva das polícias locais nos EUA.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página