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'Ebola só é comparável à Aids', diz agência dos EUA

Em reunião no Banco Mundial, países africanos pedem ajuda humanitária

EUA e Reino Unido passam a examinar passageiros de voos vindos dos países mais afetados pela epidemia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O atual surto de ebola foi comparado pelo diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças americanos (CDC) ao surgimento da Aids, em reunião do Banco Mundial nesta quinta-feira (9).

"Em meus 30 anos na saúde pública, a única coisa como essa foi a Aids", disse Tom Frieden, dos CDC, uma das principais agências de saúde dos EUA. "Nós temos que trabalhar agora para que não se torne a nova Aids", completou Frieden.

A reunião no Banco Mundial teve o objetivo de angariar mais doações para o combate ao ebola, que infectou 8.011 pessoas e matou 3.865 desde o início do atual surto.

Os presidentes dos países mais afetados, Libéria, Guiné e Serra Leoa, apelaram à comunidade internacional por ajuda humanitária --em dinheiro, remédios, suprimentos, equipamentos hospitalares e treinamento para equipes de saúde.

"Nosso povo está morrendo", disse Ernest Bai Koroma, presidente de Serra Leoa.

O presidente do Banco Mundial, Jim Kim, disse que a comunidade internacional "falhou miseravelmente" ao lidar com a doença. Ele pediu que os países ocidentais colaborem com US$ 20 bilhões.

"Nós deveríamos ter feito tantas coisas. Sistemas de saúde deveriam ter sido construídos. Deveria ter havido monitoramento quando os primeiros casos foram reportados", disse."Deveria ter havido uma resposta organizada", completou.

PRECAUÇÃO

Em cinco dos principais aeroportos americanos (em Nova York e Washington, Chicago e Atlanta), os passageiros vindos do oeste africano terão a temperatura medida para verificar a febre (um dos sintomas da doença), antes de entrarem no país.

Autoridades americanas chegaram a pedir a suspensão dos voos vindos dos países mais afetados. Frieden, do CDC, disse que a medida seria contraproducente, porque impediria o envio de ajuda humanitária.

No Reino Unido, o mesmo cuidado será adotado nos aeroportos de Londres e nos terminais dos trens que ligam a cidade à França.

A medida é seguida por outros países. Um deles é o Marrocos, principal ponto de partida para o oeste africano.

Um britânico com sintomas do ebola morreu na Macedônia nesta quinta-feira. O hotel onde ele se hospedou foi isolado pelas autoridades locais, com hóspedes e funcionários no interior.

Segundo Jovanka Kostovska, funcionária do Ministério da Saúde da Macedônia, o homem estava com febre, vomitando e com hemorragia interna.

"Há todos os sintomas de ebola, o que desperta a suspeita com esse paciente", disse Kostovska à imprensa.

Amostras do sangue do paciente foram enviadas à Alemanha para análise.


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