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Hong Kong cancela diálogo, e estudantes voltam a ocupar ruas

Movimento havia perdido força depois de jovens terem passado quase duas semanas nas ruas do centro da ex-colônia britânica

Decisão do governo vem após legisladores exigirem investigação sobre pagamento feito a governador da cidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Milhares de manifestantes se reagruparam no centro de Hong Kong nesta sexta-feira (10) para pressionar a China por seus pedidos por democracia, um dia após o governo ter cancelado o diálogo com os estudantes.

Muitos chegaram com barracas, sugerindo que podem ficar longo tempo no local.

A polícia, que pedira a retirada dos obstáculos que bloqueavam as ruas, informou que tomaria medidas "em momento apropriado".

Os manifestantes, que ainda ocupam três áreas no centro da ex-colônia britânica, convocaram uma concentração para as 19h30 deste sábado (8h30 de Brasília).

"Instalei minha barraca aqui sob a ponte e irei para a ocupação quando puder", disse Wong Lai-wa, 23. "Posso ir para a escola durante o dia, mas farei todo o esforço para voltar para cá."

Os manifestantes estão bem equipados e têm estoques de água, biscoitos, macarrão e cereais. Eles também têm chuveiros improvisados e dezenas de tendas.

A decisão do governo, na quinta (9), de cancelar as conversas com os estudantes se deu após legisladores terem exigido que as autoridades anticorrupção investigassem um pagamento de US$ 6,4 milhões (R$ 15,5 milhões) feito por uma empresa para o líder da cidade, Leung Chun-ying.

A mídia australiana revelou o pagamento por uma firma de engenharia do país.

Os manifestantes já haviam pedido a renúncia de Leung Chun-ying.

Autoridades afirmaram não poder ter um encontro com líderes estudantis se o movimento continuar ameaçando retomar as manifestações em caso de divergência.

O movimento "Occupy Central" havia perdido força nos últimos dias após quase duas semanas de ocupação.

Hong Kong enfrenta a maior crise política desde que foi devolvida à China pelo Reino Unido, em 1997.

Apesar de a China concordar com o sufrágio universal na próxima eleição ao Executivo do território autônomo, em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, o que o movimento pró-democracia não aceita.

O governo chinês diz que os protestos são ilegais e criticou o Congresso dos EUA nesta sexta por enviar uma "mensagem errada" aos manifestantes, encorajando-os ao "ataque deliberado" contra Pequim.

Um relatório do Congresso, divulgado na quinta (9), disse que os EUA deveriam aumentar o apoio à democracia em Hong Kong.


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