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Bolivianos votam em SP e dizem que não têm apoio do governo

ANA KREPP DE SÃO PAULO

Dos 45 mil bolivianos aptos a votar no Brasil, 32 mil compareceram às urnas. Em São Paulo, sede da maior comunidade, os 13 locais de votação estiveram cheios.

David Salinas, 47, foi com a mulher e duas filhas de Itaquaquecetuba ao Bom Retiro para votar. "Não só pelo Evo, porque as pesquisas já estão dando que ele vai ser reeleito, mas porque se você olhar para trás, os bolivianos não tinham democracia. Agora a gente tem que fazer valer o que conquistamos."

A costureira Concepción Espizona, 30, no Brasil há 15 anos com a mãe, Fidélia, 61, dá o mesmo valor ao voto. "A gente tem fé de que as coisas podem melhorar", disse.

Mãe de três filhos em idade escolar, ela sente falta de políticas públicas aos bolivianos residentes no Brasil em prol do combate ao racismo que sofrem por aqui.

"Tratam mal os meus filhos por causa da cor da pele, porque são gordinhos e baixinhos. A Bolívia poderia fazer uma campanha com o governo brasileiro para que respeitassem o diferente."

Beto Surco, 27, que trabalha no ramo de confecção no Bom Retiro, diz votar para garantir o bem-estar da família, que continua em La Paz. "As melhorias devem continuar com Evo, enquanto ele estiver fazendo bem ao país, por mim, pode se reeleger quantas vezes for."

Mas diz também sentir falta de políticas voltadas aos bolivianos no Brasil. A maioria trabalha no ramo de confecção, e denúncias de que são vítimas de trabalho degradante são comuns.


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