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Eleições EUA
Obama recebe o apoio do prefeito de NY
Michael Bloomberg é importante adesão para democrata, que registrou pequena vantagem em pesquisa pós-Sandy
Primeira sondagem após tempestade mostra presidente com 47% de preferência, contra 46% de Mitt Romney
Jewel Samad/AFP | ||
Barack Obama acena para eleitores em Las Vegas durante seu primeiro evento de campanha após a passagem do Sandy |
Após a incisiva reação do presidente Barack Obama ao desastre provocado pela tempestade Sandy nos EUA, o democrata recebeu ontem o apoio de Michael Bloomberg, prefeito de Nova York -uma das cidades mais afetadas pela tormenta- à sua reeleição.
Eleito como republicano, Bloomberg é independente desde 2007 e havia desferido críticas a ambos os candidatos durante a campanha.
A decisão de apoiar Obama teria sido influenciada pela posição do presidente em relação a temas como aquecimento global. Segundo o prefeito, Obama se mostrou um "pragmático" na solução de problemas e um "construtor de consensos".
"O recrudescimento das condições climáticas extremas deve ser suficiente para que os líderes eleitos tomem atitude imediata", disse o prefeito, em artigo publicado pela agência Bloomberg, da qual é o maior acionista.
Outra demonstração de apoio ao democrata, inesperada, veio da revista britânica "The Economist".
Na primeira pesquisa de intenções de voto feita após a tempestade, Obama registrou uma pequena vantagem sobre o rival, Mitt Romney.
Segundo a sondagem Reuters/Ipsos, o democrata tem 47% da preferência, contra 46% de Romney -a margem de erro é de 3,4 pontos.
O democrata retomou ontem a agenda de compromissos eleitorais após pausa de quatro dias.
Ele discursou no Estado de Wisconsin e em Las Vegas, voltando a empregar dois slogans que marcaram sua vitória em 2008: as palavras "esperança" e "mudança", das quais vinha se esquivando.
"Eu sei o que mudança significa porque lutei por ela", disse, em Green Bay, Wisconsin. "O governador Romney tem usado seu talento como vendedor para maquiar todas aquelas políticas que deram tão errado no nosso país -as mesmas que temos consertado nos últimos quatro anos-, e as oferecendo como mudança", prosseguiu.
Referências à tempestade também apareceram: "Quando um desastre nos golpeia, o melhor dos EUA se revela."
'CAMARADA' OBAMA
Romney, que havia abrandado seu discurso na sequência do desastre, voltou ontem ao ataque. Em propagandas que foram ao ar na Flórida, ele associou o rival a líderes latinos de esquerda, como Hugo Chávez e Fidel Castro.
Um deles mostra declaração de setembro do presidente venezuelano dizendo que, se fosse norte-americano, votaria em Obama. Outro "spot" mostra uma declaração de apoio ao democrata da sexóloga Mariela, sobrinha de Fidel Castro, que não possui cargo no governo cubano.
Dan Restrepo, um dos conselheiros de campanha de Obama, disse que Romney "continua jogando o jogo de Chávez, dando-lhe mais atenção do que merece".
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