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Bachelet vira nome forte para disputa de 2013
DE BUENOS AIRESA ex-presidente Michelle Bachelet deixou o cargo em março de 2010, com popularidade de mais de 80%. Foi para Nova York, onde assumiu o cargo de diretora da ONU Mulheres.
De longe, porém, participa ativamente da vida política chilena, por meio das fundações que criou e de diálogos com lideranças da centro-esquerda.
Bachelet foi alvo de críticas dos centro-direitistas após o fim de seu mandato. Sua ação durante o tsunami e o terremoto que marcaram o fim de sua gestão foi questionada, e a acusam de ter menosprezado sinais de alerta que fariam com que a tragédia pudesse ter sido evitada.
Apesar disso, Bachelet mantém um bom índice de aprovação desde que se ausentou do Chile.
Pesquisa recente do jornal "La Tercera" aponta que 42% dos chilenos votariam hoje nela. O governista Laurence Golborne a segue com 15%. Por fora, corre Franco Parisi, um economista sem partido, que teria hoje 10% das intenções de voto.
Parisi se apresenta como uma alternativa para os progressistas dissidentes. É liberal em termos econômicos e morais, mas mantém perfil de independente com relação aos demais partidos tradicionais.
Tanto para Bachelet como para seus adversários, um dos principais desafios será atrair os quase 60% dos eleitores que se abstiveram de votar na recente eleição municipal.
"A boa notícia é que esquentou o termômetro para a campanha. Haverá mais disputa pelos votos dos que não se apresentaram e mais necessidade de apresentar projetos convincentes", diz o professor de ciência política Fernando García Naddaf.
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