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Grécia enfrenta nova greve geral contra cortes pedidos por credores

Parlamento deve aprovar por pequena margem pacote exigido para liberação de € 31 bilhões

Liberação da segunda parcela de empréstimo negociado no início do ano ainda depende de reformas estruturais

RODRIGO RUSSO DE LONDRES

A Grécia começou ontem a enfrentar uma greve geral, convocada pelos dois maiores sindicatos do país, para protestar contra as medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.

As manifestações prosseguirão hoje, quando o Parlamento local deve votar a aprovação de um pacote de corte de gastos e aumento de impostos no valor de € 13,5 bilhões para os próximos dois anos, após duras negociações entre o governo e a "troica" (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).

Ontem, os parlamentares estavam reunidos para discutir as medidas, que contam com a oposição do segundo maior partido do país, o Syriza (Coalizão da Esquerda Radical), e até mesmo de integrantes da base do governo de coalizão, formado pelas legendas Nova Democracia (conservador), Pasok (socialista) e Esquerda Democrática (centro-esquerda).

O governo do primeiro-ministro Antonis Samaras precisa contar com ao menos 151 dos 300 parlamentares para aprovar as medidas. Analistas estimam que o pacote poderá ter 157 votos a favor. No domingo, o Parlamento votará o Orçamento de 2013.

Os credores exigiram também que o país implemente um pacote de reformas estruturais na economia. Sem isso, não autorizarão a liberação da segunda parcela, de mais de € 31 bilhões, do empréstimo à Grécia acertado no início do ano.

Caso não receba esses recursos, o país voltará a sofrer a possibilidade de declarar moratória de sua dívida pública, hoje na elevada casa dos 190% do PIB, e de um subsequente rompimento com a zona do euro. O prazo para aprovar essa legislação vence nesta semana.

O primeiro dia de manifestações foi pacífico e não contou com grande adesão popular em Atenas.

"Infelizmente, o comparecimento nos eventos não foi tão grande quanto deveria ser", disse chefe do sindicato dos funcionários de empresas privadas, Yannis Panagopoulos, que culpou a greve dos trabalhadores de transporte público pela baixa presença nas manifestações.


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