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Cameron diz que ajudaria Bashar Assad a sair da Síria

Britânico defende medida como forma de acelerar queda de regime

Ditador não cogita deixar o poder; rebeldes explodem carro-bomba em Damasco, matando dez e ferindo 30

MARCELO NINIO DE JERUSALÉM

O premiê britânico, David Cameron, sinalizou que o ditador sírio, Bashar Assad, poderia receber "passagem segura" para deixar o país como parte de uma solução para a sangrenta guerra civil, que só nos últimos dois dias deixou mais de 250 mortos.

Cameron esclareceu que não estava oferecendo asilo em solo britânico ao ditador, apenas reforçando a urgência em tirar Assad do poder.

"Qualquer coisa para tirar aquele homem do país e ter uma transição segura na Síria", disse o premiê à rede de TV saudita Al Arabiya.

Cameron afirmou que gostaria de ver Assad diante de uma corte internacional, mas um assessor do premiê sugeriu que uma imunidade contra futuros processos poderia fazer parte da negociação.

O destino de Assad está no centro das divergências que paralisaram as ações do Conselho de Segurança da ONU em relação à Síria.

Enquanto potências ocidentais insistem na saída de Assad, Rússia e China rejeitam interferências para derrubar o regime e defendem uma transição negociada.

Além disso, o ditador sírio jamais considerou a possibilidade de deixar o cargo, acusando os rebeldes que lutam contra o regime de "bandos terroristas" com financiamento estrangeiro.

Ontem, Moscou reiterou seu repúdio a uma saída forçada de Assad e acusou a oposição síria de prolongar o conflito ao insistir na renúncia do ditador como precondição para negociar a paz.

VIOLÊNCIA

Confrontos pesados continuaram em várias partes do país. Em Damasco, um carro-bomba explodiu em um bairro de maioria alauita -grupo a que pertence Assad.

Segundo a agência de notícias estatal, Sana, ao menos dez pessoas morreram no ataque, promovido por rebeldes, e 30 ficaram feridas.

Também na capital, o irmão do presidente do Parlamento foi morto a tiros, supostamente por rebeldes.

Incapaz sequer de mediar um cessar-fogo de poucos dias, o enviado da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, alertou que o país poderá se tornar uma nova Somália, em referência ao falido Estado africano afundado em guerra há mais de 20 anos.


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