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Comissão prevê PIB menor na zona do euro
Para autor de relatório, dificuldade na região "ainda perdurará durante algum tempo"
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, cortou ontem as projeções iniciais de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro, aumentando as incertezas do mercado sobre a recuperação econômica do continente.
Segundo relatório apresentado pelo comissário econômico e vice-presidente do bloco, Olli Rehn, os 17 países que adotam a moeda única sofrerão contração de 0,4% do PIB neste ano, contra a estimativa inicial de queda de 0,3%.
Para o ano que vem, a zona do euro espera um crescimento bastante modesto: 0,1% do PIB. Os números iniciais, divulgados em maio, apontavam para uma alta de 1% do PIB na região.
Segundo dados divulgados pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, os países da zona do euro experimentaram estagnação econômica no primeiro trimestre deste ano e contração de 0,2% do PIB.
Para Rehn, "a Europa atravessa um período difícil de reequilíbrio macroeconômico, que ainda perdurará durante algum tempo".
Na Espanha, o PIB deve ter queda de 1,4% neste ano -em maio, previa-se redução de 0,3%. Na Itália, a contração deve chegar a 2,3%.
A Grécia, país que mais sofre com a recessão, deve ter contração de 6% do PIB, mesmo após dois pacotes de socorro financeiro.
O desemprego na zona do euro, que já está em nível recorde atualmente, deve continuar a subir em 2013. A Comissão Europeia projeta que o índice chegue a 11,3% neste ano e a 11,8% no próximo.
Também ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, se encontrou com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, a quem pediu que o Reino Unido não "vire as costas" para a União Europeia. O país tem sido cada vez mais reticente ao bloco e deseja vetar o aumento de recursos no orçamento da entidade. (RR)
