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Casamento gay vai ao Parlamento na França
Conselho ministerial endossa projeto, que inclui a adoção por homossexuais
Tema é promessa de campanha do presidente François Hollande; arcebispo de Paris ataca o plano
O conselho ministerial do governo francês endossou ontem um projeto de lei que autoriza o casamento gay e a adoção por casais homossexuais. O projeto deve começar a ser discutido pelo Parlamento em janeiro.
Trata-se de uma promessa de campanha do presidente François Hollande e sua primeira grande reforma social. A França permite a união civil entre pessoas do mesmo gênero desde 1999.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo jornal "Le Monde", 65% dos franceses se declaram a favor do matrimônio homossexual, e 52%, da adoção de crianças por estes.
Diversos setores da sociedade, no entanto, demonstraram repúdio ao projeto, incluindo o arcebispo de Paris, maior autoridade católica da França, André Vingt-Trois.
"Não será o 'casamento para todos'", disse Vingt-Trois, citando o slogan governista, "mas o casamento de poucos, imposto a todos".
Autoridades islâmicas e judaicas do país também condenaram o projeto. O primeiro-ministro François Fillon prometeu reverter a lei, caso seja eleito líder da oposição.
A França pode ser o 12º país do mundo a permitir o casamento homossexual, e o nono da Europa, após Holanda, Bélgica, Espanha, Portugal, Suécia, Islândia, Noruega e Dinamarca.
