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Turquia ameaça ser 'mais dura' com Síria

Premiê Recep Erdogan ordena contra-ataque em região de fronteira e afirma que 'ninguém deve brincar com fogo'

Ontem, pelo segundo dia, regime sírio lançou ataque aéreo a rebeldes em área a 500 metros do território turco

Osman Orsal/Reuters
Fumaça é vista após bombardeio do regime a Ras al Ain, na divisa com a Turquia
Fumaça é vista após bombardeio do regime a Ras al Ain, na divisa com a Turquia
MARCELO NINIO DE JERUSALÉM

Enquanto a guerra civil síria aprofunda a crise humanitária interna e o número de pessoas forçadas a deixar suas casas chega a 2 milhões, o risco de um conflito regional aumenta.

O premiê turco, Recep Erdogan, ameaçou ontem ampliar a resposta militar do país aos disparos do lado sírio que ameaçam seu território.

Horas antes, um caça da Força Aérea síria atacou pelo segundo dia forças rebeldes em Ras al Ain, a 500 metros da fronteira turca.

A ofensiva produziu um dos maiores movimentos de refugiados desde o início da revolta contra a ditadura síria, há 20 meses, e levou a Turquia a endurecer o tom.

"Estamos dando a resposta necessária na fronteira e não descartamos uma ação mais dura se necessário", disse Erdogan. "Ninguém deve brincar com fogo ou testar a paciência da Turquia."

O premiê turco é um dos maiores defensores de ações severas contra o regime do ditador sírio, Bashar Assad, inclusive as militares.

A Otan (aliança militar do Ocidente), da qual a Turquia é membro, descarta uma intervenção e mesmo a imposição de uma zona de exclusão aérea, como fez na Líbia.

Há poucos dias, Erdogan criticou duramente a paralisia do Conselho de Segurança da ONU, onde Rússia e China continuam impondo veto à aprovação de sanções mais pesadas contra Assad.

Sem acordo na ONU, o Ocidente tenta fortalecer a oposição síria. A França se tornou ontem o primeiro país ocidental a reconhecer a nova aliança de oposição.

Turquia e Liga Árabe também reconheceram. O Brasil, segundo a Folha apurou, por enquanto não tem planos de fazer o mesmo.

Mas o grande desafio da coalizão, formada no domingo, é obter reconhecimento interno, sobretudo dos rebeldes que lutam contra Assad.

O líder da nova aliança é Moaz Al Khatib, 52, geofísico e imame (sacerdote muçulmano). Membro de um família sunita proeminente de Damasco, ele deixou a Síria há poucos meses, após ser preso várias vezes por liderar protestos contra o regime.

Khatib pediu ontem o reconhecimento internacional para que a nova coalizão possa funcionar como um governo de transição.


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