Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cresce temor de conflito na divisa entre Congo e Ruanda

Congoleses apontam apoio do país vizinho a grupo rebelde; ruandeses dizem ter sofrido disparos de artilharia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A tensão na fronteira entre Ruanda e a República Democrática do Congo, na região central da África, aumentou ontem, enquanto ambos os governos trocavam acusações sobre violação de território.

O Congo acusa Ruanda de apoiar diretamente os rebeldes do grupo M23, que dispararam morteiros e tiros de metralhadora na periferia da capital provincial Goma, próxima à fronteira.

Bombas caíram perto do aeroporto internacional da cidade -que foi fechado- e de posições da ONU (Organização das Nações Unidas), que mantêm uma força de paz em Goma. Em decorrência dos ataques, a ONU informou a retirada de todo o seu pessoal não essencial na cidade a partir de hoje.

Um porta-voz militar ruandês, por outro lado, afirmou que militares congoleses, com o apoio da ONU, fizeram disparos de artilharia, baterias antiaéreas e tanques contra a cidade ruandesa de Gisenyi, ferindo três pessoas, em meio a confrontos entre o Exército do país e o M23.

A rebelião do M23 foi iniciada há oito meses. De acordo com o Congo, Ruanda tem interesse em controlar as riquezas naturais do outro lado da divisa, em Kivu do Norte -uma das 11 províncias congolesas, onde fica Goma.

'ENCENAÇÃO'

Na capital congolesa, Kinshasa, fontes governamentais dizem que Ruanda pode ter encenado os tiros no seu território como um pretexto para uma invasão.

"Temos informações de que Ruanda está disparando contra o seu próprio território para justificar uma intervenção maior", afirmou ontem um porta-voz governamental congolês.

O M23 diz estar lutando porque Kinshasa violou os termos de um acordo de paz de 2009 que integrou seus combatentes ao Exército, como solução para uma rebelião anterior.

Especialistas da ONU corroboram a alegação do governo de que Ruanda, que interveio repetidamente no Congo nos últimos 18 anos, estaria por trás da revolta do M23. Os ruandeses, porém, negam envolvimento.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página