Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Rebaixamento da França na Moody's é alerta, diz Berlim

Declaração é do ministro de Finanças da Alemanha, maior economia da zona do euro; Paris lamenta queda

Para analista, nota mais baixa para os títulos da dívida franceses não deve impactar mercado, mas fortalece alemães

RODRIGO RUSSO DE LONDRES

O ministro das Finanças da maior economia da Europa, o alemão Wolfgang Schauble, disse ontem que o rebaixamento da avaliação dos títulos da França serve como "pequeno alerta" à segunda maior economia da zona do euro, com problemas de competitividade, e que a credibilidade de sua dívida caiu, ainda que não de forma muito significativa.

Anteontem, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota do país do nível máximo, "Aaa", para "Aa1", com perspectiva negativa. O governo agora tenta tranquilizar os investidores internacionais.

"A França continua sendo um valor seguro, na segunda posição, atrás apenas da Alemanha", declarou a porta-voz do Executivo francês, Najat Vallaud-Belkacem, a uma emissora de TV local.

Os juros dos títulos da dívida pública francesa com vencimento em dez anos, porém, tiveram ligeira alta nas negociações de ontem, mas ainda em patamar perto de 2,1%, confortável em relação aos países em crise da região.

O ministro francês da Economia, Pierre Moscovici, lamentou a decisão da Moody's de rebaixar a nota do país, mas lembrou que os títulos estão só a um grau da Alemanha, com nota máxima, e "sete graus acima da Itália e oito acima da Espanha".

"Tomo conhecimento desta decisão, lamento-a, mas ela pune sobretudo a situação que herdamos e que não cessou de se degradar em dez anos", afirmou Moscovici.

Outra agência, a Standard & Poor's, já havia rebaixado a nota da França em janeiro, mas o nível dos juros dos títulos da dívida pública caíram desde então.

À Folha o professor Ramon Pacheco, do King's College de Londres, disse que "a zona do euro não deve se preocupar muito com o rebaixamento francês, pois não estão mais prestando muita atenção às avaliações do mercado". Pacheco crê que, "simbolicamente, porém, a queda da nota colocará a Alemanha em posição mais forte para os próximos encontros de líderes europeus".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página