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Após Sandy, NY turística se refaz, mas praias sofrem

Prefeitura da cidade se prepara para demolir 900 casas em zonas afetadas

Estátua da Liberdade voltará a ser visitada no mês que vem; bairro tem abrigo para 700 animais de estimação

RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

Em razão da supertempestade Sandy, que atingiu Nova York no mês passado, cerca de 900 casas perto do mar serão demolidas pela prefeitura da cidade.

Em geral, são casas que abrigam de uma a duas famílias, antigas e que ficam em áreas alagadas nos bairros de Breezy Point, Belle Harbor e Rockaway, no distrito de Queens, nas praias Fox, South e Midland, em Staten Island, e Gerritsen, no Brooklyn.

Todas essas regiões ficam distantes dos cartões-postais da maior cidade americana e suas populações ainda amargam os efeitos do ciclone.

Estabelecimentos comerciais não se recuperaram após perder quase todo o estoque -muitos perderam geradores e calefação, que ficavam no térreo ou nos porões.

Para quem visita as áreas mais turísticas de Nova York, a cidade esbanja normalidade. Todas as linhas de metrô voltaram a funcionar, assim como teatros, museus e parques, apesar de algumas mudanças e adaptações.

Na afetada península de Rockaway, no Queens, os trilhos do trem metropolitano ficaram destruídos, e o governo improvisou uma nova linha vizinha, levando 32 vagões por caminhões e guindastes. A linha provisória funciona 20 horas por dia.

Uma campanha, iniciada pelo chef e crítico gastronômico Anthony Bourdain, pedia aos nova-iorquinos jantarem nos restaurantes do sul de Manhattan, que perderam tudo pelo blecaute de quase uma semana. "Dê gorjetas generosas", pedia.

Só a Estátua da Liberdade continua fechada à visitação, mas deve ser reaberta no início de dezembro.

A reportagem da Folha circulou pela margem leste do sul de Manhattan, área que ficou alagada do parque do East River até a chamada Alphabet City. Carros boiavam na avenida C momentos depois da passagem do Sandy.

Na semana passada, apenas as marcas da cheia eram visíveis -em alguns pontos quase chegaram ao primeiro andar dos conjuntos habitacionais para moradores de baixa renda.

Tanto as quadras esportivas como o parque vizinho, construídos na última década, já estavam limpos e repletos de gente correndo ou andando de bicicleta no domingo passado, menos de um mês após a enchente.

Ao todo, 402 edifícios da Autoridade Habitacional de Nova York, a Cohab local, foram atingidos pela tempestade e perderam luz e aquecimento por duas semanas.

RACIONAMENTO

Um dos últimos sinais de excepcionalidade na cidade, o racionamento de combustíveis que entrou em vigor no último dia 9, acabou na manhã de ontem, depois de semanas com filas nos postos de gasolina.

Foi o primeiro racionamento na cidade desde os anos 70, dividindo os carros entre placas pares e ímpares com direito a se abastecer.

O racionamento no Estado de Nova Jersey, que começou dias antes do de Nova York, também já foi suspenso. Mas o número de desabrigados no Estado e o desafio da reconstrução em Nova Jersey é muito maior. Lá, cerca de 40 mil pessoas precisam reformar suas casas.

ANIMAIS DE ESTIMAÇãO

Apesar de os centros para desabrigados terem se esvaziado bastante na cidade nas últimas duas semanas, um novo abrigo, aberto no fim de semana da semana passada, continua bem movimentado.

No bairro de Bedford-Stuyvesant, no Brooklyn, um abrigo hospeda os animais de estimação de pessoas que ficaram com a casa sem condições adequadas para abrigar cães, gatos e aves.

Enquanto seus donos dão um jeito de reabilitar as moradias, cerca de 700 animais ficam ali hospedados, tratados por um grupo de veterinários voluntários -poderão ficar até 15 de dezembro.


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