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Dilma visita Argentina 'a jato' e almoça com Cristina
Viagem é gesto de apoio à presidente do vizinho
A presidente Dilma Rousseff desembarca no final da manhã de hoje em Buenos Aires para ato visto pelo próprio Planalto como sinal explícito de apoio à sua colega argentina, Cristina Kirchner.
Escândalos de corrupção, uma greve geral e a inflação na Argentina tumultuam o mandato de Cristina, que enfrenta queda de popularidade e pressões políticas.
Por isso, a insistência de Dilma em fazer um "bate e volta" no país para participar do encerramento do encontro da União Industrial Argentina e almoçar com Cristina é visto como simbólico por autoridades brasileiras.
"É uma participação que realmente carrega um simbolismo forte", afirma o chanceler Antonio Patriota.
Dilma decidiu abrir a agenda para Cristina numa semana tumultuada, em que ela enfrenta desdobramentos da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, além de ter prazo para vetar ou sancionar o projeto da distribuição dos royalties do pré-sal.
A presidente desistiu de ir à reunião da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) em Lima (Peru) na próxima sexta, mas não abriu mão de ir a Los Cardales se encontrar com a "hermana" Cristina.
Apesar de minimizar as turbulências vividas por Cristina ("todo mundo enfrenta crise na vida"), o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, acredita que a visita de Dilma à Argentina tem "sentido político".
"Vejo como uma reiteração de uma amizade que temos com a Argentina e de um excelente entendimento que ela [Dilma] tem com a Cristina."
Dilma desembarca em Buenos Aires e segue de helicóptero para Los Cardales (60 km da capital argentina) para encerrar o encontro da UIA, no qual se reunirão empresários e representantes dos governos brasileiro e argentino.