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Presidente mexicano assume hoje e já enfrenta protestos

Peña Nieto toma posse e deve sofrer resistência a suas promessa de reformas

Meta para 2013 é fazer a economia crescer a uma taxa de 6%, o que exigirá estímulo à produção industrial

SYLVIA COLOMBO ENVIADA ESPECIAL A GUADALAJARA

O Partido Revolucionário Institucional, que governou o México por praticamente todo o século 20, volta hoje à Presidência sem maioria no Congresso e encontrando forte resistência da oposição.

Enquanto Enrique Peña Nieto, eleito com 38,1% dos votos, estiver chegando para a cerimônia de posse no Palácio Legislativo, em San Lazaro, na Cidade do México, em dois outros pontos da capital haverá protesto.

Numa delas, o candidato derrotado, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, que diz que houve fraude na contagem, reunirá seus seguidores no monumento Anjo da Independência.

Em outra, os estudantes do movimento YoSoy132 marcharão em direção ao Zócalo, a principal praça.

A Cidade do México ofereceu grande resistência à candidatura de Peña Nieto e elegeu um prefeito de esquerda com mais de 60% dos votos.

Para analistas ouvidos pela Folha, o principal desafio do país na nova gestão será aliar os bons resultados econômicos recentes à solução de problemas sociais, além de encontrar uma saída para a guerra do narcotráfico, que matou mais de 50 mil pessoas durante a gestão anterior.

"Passamos de um decênio em que só havíamos crescido por volta de 1,6% ao ano para uma situação em que crescemos 4%, até de modo mais rápido do que o Brasil", diz Jean-François Prud'Homme, do Colégio do México.

"Mas isso gera novos desafios. Queremos ser a principal economia da América Latina ou privilegiar o comércio com os EUA, que respondem por quase 80% da nossa economia?", pergunta.

Peña Nieto anunciou a meta de 6% de crescimento em 2013. Para isso, quer estimular a produção industrial e realizar reformas trabalhistas.

Um primeiro pacote de medidas, que permitiriam mais flexibilidade ao contratar e demitir empregados, tem forte oposição dos sindicatos, aliados históricos do PRI.

Outro capítulo é a modificação do status da Pemex (Petroleos Mexicanos), a maior estatal do país. Peña Nieto quer abrir o capital da empresa, como faz a Petrobras.

Para isso, precisa de dois terços de votos no Congresso para alterar a Constituição.

"A capacidade de fazer pactos vai definir o sucesso de Peña Nieto. Para aprovações mais simples, já tem se mostrado hábil para conseguir apoio do PAN (Partido da Ação Nacional, que estava no poder até agora). Para mudar a Constituição, precisa convencer a esquerda mais progressista, e nisso encontra sérias dificuldades", analisa Prud'Homme.


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