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Crise nos EUA leva a queda nos nascimentos

Retração foi puxada pelos imigrantes

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

Quatro anos de crise econômica causaram um impacto demográfico nos EUA, que em 2011 apresentaram o menor índice de nascimentos desde que o número passou a ser registrado, mostra um estudo do centro Pew a partir de dados do Centro Nacional de Estatística de Saúde.

A retração foi causada sobretudo pela diminuição do índice de natalidade entre a população imigrante, especialmente afetada pelo aumento do desemprego no país nos últimos anos.

Segundo o estudo, dados preliminares do centro mostram que o índice de nascimentos -número de recém-nascidos para cada grupo de mil mulheres em idade fértil (de 15 a 44 anos, para efeito estatístico) -foi de 63,2.

"É o índice mais baixo desde 1920, o primeiro ano em que os dados passaram a ser registrados de forma confiável", afirma o relatório.

Nos três primeiros anos de crise, entre 2007 e 2010, o índice de natalidade havia experimentado retração de 8%.

Mas enquanto a taxa encolheu 6% entre as mulheres nascidas nos EUA, a queda chegou a 14% entre as estrangeiras que vivem no país -mais do que toda a redução ocorrida entre 1990 e 2007.

Quando consideradas apenas as mexicanas em solo americano, o recuo é ainda mais agudo: 23%.

Segundo a análise do Pew, a queda nos números se deve exclusivamente a uma mudança comportamental para evitar a gravidez, e não a flutuações na composição populacional.

A crise também provocou uma reversão na tendência de nascimentos em geral, ressalta o centro de pesquisa.

Desde 2002, a curva de nascimentos nos EUA vinha subindo e alcançara 4,3 milhões em 2007, após registrar retração nos anos 90. Desde então, com a crise, passou a cair e chegou a 4 milhões em 2010.

A população dos EUA hoje é estimada em 311 milhões.

Mas os imigrantes ainda continuam a puxar o avanço demográfico americano.

"A proporção de 23% de filhos de mulheres imigrantes entre o total de nascimentos em 2010 é maior do que a proporção de imigrantes na população geral dos EUA, de 13%", prossegue o texto.

"A taxa de nascimentos entre as mulheres estrangeiras, 87,8, também é quase 50% mais alta do que entre as mulheres nascidas nos EUA."


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