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Desemprego na zona do euro chega a 11,7%

Foi o 18º mês consecutivo de aumento da taxa entre os países que usam moeda comum

RODRIGO RUSSO DE LONDRES

O desemprego na zona do euro atingiu em outubro novo índice recorde, subindo dos 11,6% de setembro para 11,7%, segundo dados divulgados ontem pela Eurostat - agência oficial de estatísticas da região.

Foi o 18º mês seguido de aumento da taxa. No mesmo período do ano passado, o bloco tinha desemprego de 10,4%. Em 2008, início da crise econômica, a zona do euro registrava índice de 7,6%.

Essa taxa confirma as expectativas de um cenário pessimista para o bloco no último trimestre do ano.

A zona do euro já está oficialmente em recessão (dois trimestres consecutivos de contração), e analistas e autoridades consideram difícil que a alta do PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre seja significativa.

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmou ontem que os 17 países que adotam a moeda única ainda não conseguiram sair da crise e que a recuperação começará, "sem dúvida", no segundo semestre de 2013. Ele esteve em Paris para discutir estratégias de crescimento na Europa.

Enquanto isso não acontece, os países que já precisaram de socorro financeiro das autoridades europeias continuam registrando os índices de desemprego mais altos e as maiores altas em relação há um ano.

A Espanha, em outubro, chegou a 26,2% da população economicamente ativa sem emprego, contra 22,7% no mesmo mês do ano passado. A Grécia também tem mais de um quarto da população fora do mercado de trabalho: 25,4%, em dados relativos a agosto deste ano. Em agosto de 2011, o índice era de 18,4%.

Em Portugal, a taxa chegou a 16,3%, contra 13,7% em 2011; na Irlanda, país muitas vezes mencionado como símbolo da recuperação após os problemas, o desemprego alcançou 14,7%, marca pouco melhor que os 15% registrados em outubro passado.

Na União Europeia, o desemprego também subiu: foi de 10,6% em setembro para 10,7% em outubro. Em outubro do ano passado, a região tinha índice de 9,9%.

As menores taxas de desemprego estão na Áustria, com 4,3%, em Luxemburgo, com 5,1%, e na maior economia do continente, a Alemanha, com 5,4%.

Também ontem, o Parlamento da Alemanha aprovou, com ampla maioria, o pacote de socorro à Grécia estabelecido no início da semana pelos líderes europeus.

Foram 473 votos a favor, 11 abstenções e cem votos contra. Com isso, o país enfim poderá receber os recursos atrasados do pacote de ajuda.


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